Era uma da manhã no Parque das Nações. Aquecer a mão por debaixo do soutien dela parecia um bom modo de lutar contra o frio. Procurar numa Brahma um pouco daquele país que ficou longe também era um plano. Ou o Casino, por exemplo, com aquele calor que parece uma dolente massagem nas têmporas. E era assim que os outros se iam ocupando, quando não estavam a olhar para os meus calções e a fazer um gesto arrepiado de quem tinha descoberto um cubo de gelo entre os dentes.
Com um rabo que poderia ser de uma caribenha de meia-idade e um ritmo que só a contragosto baixava dos 6 minutos por quilómetro, ali passava eu. Era uma da manhã no Parque das Nações. E eu, sem ponta de velocidade, descubro a paz na corrida.
Sexta-Feira, 23 de Dezembro
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