quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Processo

Assim como um recém-divorciado procura na velha agenda telefónica o número daquela ex-namorada linda de lábios carnudos, eu tento sair para a rua com o mais composto dos equipamentos. É para dar a ideia que ainda tenho um lugar no esquema. Faz-me parecer menos um jogger e mais o atleta que ainda este ano terminou uma grande maratona internacional.

Enfim, faz parte do processo de recuperação. : “O meu nome é Zé, sou um obeso com 84 quilos e tirei dez minutos ao meio ao meu último treino de 15k”.


Quinta-Feira, 29 de Dezembro

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Não, não era o Nicolau.

A barba é grisalha, a barriga é proeminente e estava vestido de vermelho. À primeira podia ser o Pai Natal. Um mais desatento até acharia estar a ouvir um “Oh! Oh! Oh!”. Mas, não. Era mais provável que fosse eu a tossir enquanto fazia a mais longa corrida desde há três meses.

Domingo, 25 de Dezembro

sábado, 24 de dezembro de 2011

Um e os Outros

Era uma da manhã no Parque das Nações. Aquecer a mão por debaixo do soutien dela parecia um bom modo de lutar contra o frio. Procurar numa Brahma um pouco daquele país que ficou longe também era um plano. Ou o Casino, por exemplo, com aquele calor que parece uma dolente massagem nas têmporas. E era assim que os outros se iam ocupando, quando não estavam a olhar para os meus calções e a fazer um gesto arrepiado de quem tinha descoberto um cubo de gelo entre os dentes.

Com um rabo que poderia ser de uma caribenha de meia-idade e um ritmo que só a contragosto baixava dos 6 minutos por quilómetro, ali passava eu. Era uma da manhã no Parque das Nações. E eu, sem ponta de velocidade, descubro a paz na corrida.


Sexta-Feira, 23 de Dezembro

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Chegar a casa transpirado

Ontem corri 15k. Arrastando duas pernas que este ano só fizeram meia dúzia de provas, tive que passar a trote durante 3 vezes (a primeira delas logo ao quatro quilómetro). Acabei com 95 minutos. No red line.

Hoje, tirando o fato de parecer estar a correr por Canary Wharf e não pelo Parque das Nações (sim, o nevoeiro) nada houve de especial. Mas tinha que dizer que há mais de 3 meses que não entrava em casa transpirado durante dois dias seguidos.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

À Castro

Há vinte e tal anos, eu achava uma completa parvoíce em ver o Pedro Jaime usar os fins de tarde para ir treinar para a Meia da Nazaré e outras provas cujos nomes só ficaram nas memórias da velha guarda. Desde há um par de anos coube-me a mim inverter os papéis e passar a utilizar as minhas horas a cansar-me pelo asfalto.

Até ao momento em que hoje coincidimos na linha de partida para a IV Corrida da Linha Cascais Destak. Eu já trazia 11 mil e 700 metros desde a Baía de Cascais quando nos cruzámos e a partir daí foram 10k em conjunto para fazer o caminho de regresso à Baía. Como já disse o Pedro, à irmãos Castro, pois até cedemos à mariquice de fazer a meta lado a lado, mão com mão. Por uma vez, o resultado não me interessou minimamente. Já o tipo de barbas mostrou que quem sabe nunca esquece.


Domingo, 18 de Setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Na véspera da primeira prova desde há 154 dias

Amanhã, mais de cinco meses depois de me lesionar na Corrida da Liberdade, volto a entrar numa prova.

Hoje, entre a gente amiga da RB, foi o já clássico treino de 3 x 2.700 pelo Monsanto. Que já correu melhor que no Sábado passado, mas que ainda tem que sair do patamar do sofrível. Há-de ser semana a semana. Sem stress.


Sábado, 17 de Setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Drop out, move on

E o Sábado definiu tudo. Era dia 10, eram 9 horas. Tinha começado a treinar para a Maratona do Porto há mais de um mês e o momento não podia ser mais azedo. Com 3 treinos em 3 semanas, faltava a força e os 3 x 2.700 metros do Monsanto foram a lição que eu precisava. Totalmente sovado,
percebi que era tarde de mais para persistir numa mais que provável falhanço a norte. Foi então que decidi: drop out.

E, quase ao mesmo tempo, tomei a nova decisão: Maratona de Lisboa a 4 de Dezembro. Pela frente, doze semanas de trabalho. Que começariam com 22k no dia seguinte. Arranque às sete e meia da manhã para um Jamor – Parede – Jamor a 5:21 de ritmo médio.

Segunda-Feira com rampas, Terça com séries, Quarta com 16k e hoje em descontração pela Expo seriam as respostas à anterior falta de regularidade. Amanhã é dia de voltar ao Monsanto e de continuar a tentar chegar a bom porto. Mas desta vez em Lisboa. Move on.


Sexta-Feira, 16 de Setembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Contas furadas

Hoje fez-se o terceiro treino em três semanas. Por estas alturas, o PPP (Plano de Preparação para o Porto) devia andar pelos 360 quilómetros corridos. Mas, nas pernas, não tenho mais que 150. Pouco mais que 40% do que seriam as contas certas.

A pouco menos que dois meses do dia da Maratona, se há coisa que eu não sei é onde vou estar a 6 de Novembro.


Quinta-Feira, 9 de Setembro de 2011

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Deuses do Monte Branco

O da esquerda tem 23 anos, já tinha vencido as duas últimas edições da mítica UTMB e este fim-de-semana fez o hat-trick, limpando uma distância de 166k e um desnível positivo de 9.500 metros em 20 horas, 36 minutos e 43 segundos. O da direita estreou-se este ano, deixou-nos orgulhosos com um prodigioso 5º lugar entre 2300 concorrentes e nunca, nunca deixou de ter com ele a Bandeira de Portugal.

domingo, 28 de agosto de 2011

Zero (ou menos)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

3/4

É raro deixar um treino a meio. Também não foi hoje que o fiz, pois ainda o levei até três quartos (18 dos 24k programados). E porquê? Porque quis compensar os treinos e os quilómetros falhados esta semana e decidi-me a fazer os 24k com um significativo desnível positivo.

O significativo revelou-se exagerado para um estado de forma ainda tão incipiente e rapidamente viria a pagar as subidas de Sacavém para Unhos. Fortes dores musculares e novamente os pés a doerem como se andasse a treinar descalço no asfalto. Aos 1:41:10 decidi que não valia a pena o risco de piorar a situação.


Domingo, 21 de Agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

O Sistema

Depois de 3 dias sem treinos para não agravar uma dor na planta do pé esquerdo, hoje foi dia de novo fartlek junto ao Rio Tejo, com períodos de 4 minutos rápidos e 3 minutos a trote pelo meio.

Da Expo a Santa Apolónia as corridas rápidas não o chegaram a ser. Com forte ventania pela frente, os ritmos foram de 4:50, 5:14 e 4:55. Quando pensei que no caminho de regresso ia ter uma rajada a soprar pelas costas, eis que o vento virou e apanhou-me outra vez pelo peito. Melhorei as cadências (4:32, 4:41, 4:40 e 4:25) mas quase que me saíam as tripas de fora.

Deu-me para pensar na luta que deve ser jogar contra aqueles que têm sempre o vento pelas costas e um penalty a favor garantido. Em suma, foi um treino contra o Sistema.


Sábado, 20 de Agosto de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Subir no escuro

25, 23, 24, 22, 24, 23, 25, 22, 21, 22, 21, 20: doze viagens de 100 metros numa rampa de inclinação pura. Ganhei-lhe o gosto e o horário continua a ser o do mocho.


Terça-Feira, 16 de Agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Na naite

É meia-noite e dezasseis nas esplanadas da Marina. Ele, ao telemóvel, grita que “começaram bem. Ainda o defesa não lhe tinha tocado e já ‘tava o Olegário a apitar. ‘Tá tudo feito outra vez”. Ela, desinteressada, fuma com indolência e enterra-se na cadeira de metal. Tem a perna cruzada e a sabrina balouça provocadoramente na ponta do pé. Eu vejo a cena enquanto espero que o satélite preste atenção ao meu Garmin. Enfim, é a naite.

Arranco com o briefing bem definido: treino longo progressivo. Santa Apolónia, Praça do Comércio, Cais do Sodré e 24 de Julho já se foram deitar. Em Alcântara, faço o retorno dos 11k. O visor marca 59 minutos e 54 segundos, o que significa que a primeira metade foi corrida ao ritmo de 5:26.

Volto mais rápido para casa. Em Santos passa um carro de janelas abertas onde os INXS se atiram a um “Original Sin”. Faz-me recordar outros tempos em que esta 24 de Julho era uma improbabilidade de estacionamento. Mas, não me detendo muito nestes pensamentos, acelero e faço a segunda metade dos 22k em 56 minutos e 44 minutos. Foi um split final a um ritmo de 5:09. Enfim, rendeu bem o regresso à naite.


Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2011 (imagem da autoria de wHaTEvEr com direitos de publicação não comercial segundo a Creative Commons)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Adeus a Tróia

Hoje já durmo em Lisboa. Para trás fica o estágio de planitude em Tróia, que se encerrou com um fartlek de 3 x 10 minutos intercalados por 4 minutos a trote.

Primeiro ao ritmo de 4:58, depois a 5:02 e por fim a 5:03, assim se fizeram os troços de 10 minutos ao braseiro do meio-dia. Nesta Segunda-Feira o treino longo de 22 quilómetros já é feito à ilharga do Tejo.


Domingo, 14 de Agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Crossing fingers

Nas primeiras três semanas deste PPP (Plano de Preparação para o Porto) não há folgas. Há, como sucedâneo, um dia da semana em que se faz uma corrida de 6k. Sem expectativas, foi hoje o dia desta espécie de descanso activo.

Também uma vez por semana recebo um e-mail de um senhor inglês chamado David Bedford. É o Race Director da Virgin London Marathon 2012 e ontem apareceu a dizer-me que já só faltam 7 semanas para que sejam sorteados os nomes que terão lugar na linha de partida. Aqui já fico doido de expectativa: VLMO12-204189. VLMO12-204189. VLMO12-204189.


Sábado, 13 de Agosto de 2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Procura-se massagista russo

Ia no meio dos meus 12k de hoje quando pensei que o que eu devia fazer era ir ter com ele, prometer-lhe cama e mesa em casa de férias durante um fim-de-semana e sequestrá-lo aos RB’s que estão a preparar a Maratona de Amesterdão.

Não é por mal e muito menos por rancor com os amigos e colegas que também andam a lutar por estas quentes estradas de Agosto. É simplesmente porque eu ando a precisar. Aliás, para que a Laranja Mecânica (ou seja o Alexandre Monteiro, o António Castanheira Alves, o Carlos Freitas e o Ruben Aragão Pinto) perceba que eu sou tipo de boas contas, fica já a promessa: se por acaso ou olho para o negócio me aparecer aqui uma massagista russa – daquelas com unhas de gel e rabo-de-cavalo – meto-a logo num táxi para o Monte da Galega. Ok? Fica combinado? E entretanto podem deixá-lo vir? Se faz favor?


Sexta-Feira, 12 de Agosto de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O fartlek da meia-noite-e-meia

Vi aquele golo do Hugo Almeida, despedi-me da família e meti-me no carro para Lisboa. Era oficial: as férias estavam interrompidas para dois compromissos profissionais na manhã seguinte.

Comigo na chegada ao Parque das Nações vinham os Kayano e o Forerunner 305. Ainda antes de me deitar era tempo para um fartlek. Seis vezes 4 minutos em ritmo rápido intercalados com 3 minutos a trote. Para o registo das secções mais longas ficaram os ritmos de 4:34, 4:50, 4:42, 4:42, 4:44 e 4:27. Para a memória do treino, a sensação de que não há como as madrugadas para sentir o prazer de correr no Verão.


Quarta-Feira, 10 de Agosto de 2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O. s.o.m. d.a. q.u.e.d.a.*

*Ora, Sessenta e Oito Minutos em Doze Amargos Quilómetros: Um Enferrujado Dia Alentejano.


Terça-Feira, 09 de Agosto de 2011

Chegar a bom Porto

Começou hoje. Começou com 30 minutos de areia fofa e, se tudo correr pelo normal, há-de chegar o fim da estrada daqui por 90 dias.

Então, já estarei no Porto em vésperas de ali correr a Maratona. Será a minha terceira maratona, será a primeira em Portugal, mas nunca será apenas mais uma. Não acredito que alguma vez assim seja.


Segunda, 08 de Agosto de 2011

domingo, 7 de agosto de 2011

Pernas de maratona

É quase meio-dia na ciclovia de Tróia. Estou a passar os 4 quilómetros de corrida e as coxas pesam como ainda não deviam. Percebo que vai ser um longo, muito longo treino.

Após duas providenciais paragens para me pôr debaixo de aspersores, lá me arrasto até aos 20k. As pernas estão em modo-de-fim-de-maratona. O estado de forma é pouco menos que patético e amanhã já começa o P.P.P. (Plano de Preparação para o Porto).


Domingo, 07 de Agosto de 2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O pôr-do-sol, as pulgas e eu

Durante os meus dez anos de Tróia, habituei-me a que uma das maiores recompensas que eu dali recebia era aquele fantástico pôr-do-sol. Na praia, enquanto o via deitar-se atrás da Serra da Arrábida, sempre o fui achando ao nível de Santorini e do Botswana.

Hoje, foi diferente o meu pôr-do-sol. Menos contemplativo, meteu quase 45 minutos e quase 6 quilómetros pela areia seca e cada vez mais deserta à medida que eu corria da Soltróia para norte. Na verdade, para além do ocasional pescador e das centenas de pulgas-de-areia, por ali só mesmo as dores nas pernas a anunciar que o treino estava a entrar no corpo.


Sexta-Feira, 05 de Agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Quase...

A uma semana do treino nº 1 para a Maratona do Porto, Tróia é o sítio onde vou puxando por pernas e pulmões.

Ontem, ciclovia acima ciclovia abaixo, foram três quartos de hora de treino ao mais que satisfatório ritmo de 5:08.

Hoje, à uma da tarde e à falta de rampas, foram 40 minutos pela areia solta da praia. De boné, t-shirt e calções negros, porque nenhuma transpiração é de mais para quem ainda anda a transportar 79 quilos e 800.


Quarta-Feira, 03 e Quinta-Feira, 04 de Agosto de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Prescrições

A caminho dos 20 meses, a minha filha Inês está na idade de pôr à boca tudo o que vier com uma cor garrida. É por isso que não reservo a mesa-de-cabeceira para organizar os meus comprimidos. Já se ela estivesse perto dos 20 anos, o mais certo seria berrar-me ao ouvido um dia após o outro: “Pai, não se esqueça que este branquinho é antes do jantar. Ouviu, pai?” ou “O vermelho-e-preto é para tomar com água. Veja lá não se engasgue”.

É que já não ando para lado algum sem a Carnitina para queimar as gorduras, a Glucosamina e a Condroitína para a recuperação das articulações e a Indometacina para as dores do joelho. Decididamente, encontro-me num limbo pré-geriátrico: ainda não tomo o número de medicamentos de um velhote, mas já começo a correr como um. Hoje foram 30 minutos ao esforçado ritmo médio de 5:20. Estarei a prescrever?


Terça-Feira, 02 de Agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Tróia 01

Quando saí de casa, o ar de Tróia cheirava a terra molhada e trazia-me imediatamente à memória um outro mês de Agosto. Tinha sido em 2003 e marcara-me pela chuva de todos os dias. Estava nessa altura no Norte da Escócia.

Visto de uma perspectiva menos balnear, não deixava de ser no entanto (como diria o imorredoiro Gabriel Alves) um excelente dia para a prática da modalidade. Os aguaceiros tinham dado lugar ao tempo nublado e pude fazer com relativa tranquilidade os meus 17k. Estou a andar muito devagarinho (ritmo médio de 5:35), mas como o tempo é de pequenas vitórias, valeu ter conseguido fazer um treino progressivo.

Desde há 3 anos que estar em Agosto em Tróia é poder entrar num estágio informal. Aqui treino com regularidade e até perco peso. Desta vez, quero também sair daqui e ter voltado a descodificar os ritmos a que ando. É que, com a paragem, a confusão vai ao ponto de eu passar de 5:20 a 4:45 e estabilizar a 5:10 sem alguma vez me ter apercebido de que houveram mudanças de ritmo.


Segunda-Feira, 01 de Agosto de 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

Os primeiros sete

Sete quilómetros debaixo do calor desmoralizante da hora do almoço. Os primeiros sete calçados com os Kayano 17. Que até são listrados a ouro.


Terça-Feira, 26 de Julho de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

"Agora que ninguém nos ouve..."

Quando correr não equivale a treinar, penso com mais clareza. Penso na vida, na família, no trabalho ou até (redundantemente) na corrida. Hoje, enquanto fazia os meus sofridos 15k para recuperar ritmos antigos, foi uma dessas sessões.

E, como ninguém me ouvia, comecei a tentar fechar decisões: quais os ténis que iria comprar esta semana? Qual seria a minha maratona de Outono? E qual seria a marca em perspectiva?

“Bem, está decidido. Vou mesmo rebentar o budget e deixar a Nike para os calções e para as camisolas. Sapatos vão mesmo ser Asics. Material à séria. E se os Nimbus são mais para quem supina e para quem tem arco pronunciado, vão ser os Kayano. Se serão os 16 ou 17, fica por saber.”

“Entre Frankfurt, Dublin e Veneza, acho mesmo que a próxima maratona vai ser a do Porto. Faltam-me as multidões de Berlim e Paris, mas aqui gasto menos dinheiro (para compensar o estouro dos Kayano), corro com amigos e até tenho a mister à boca da meta”.

“Quanto a tempos, nunca estive tão atrasado à entrada do plano. Por isso, como estive parado três meses e como me rasgo todo para fazer 15k em 80 minutos, nem estou aqui para pensar em recordes. Mas, como ninguém nos ouve, até pode ser que mude totalmente de decisões. É que ir treinar ao sol do Alentejo às vezes faz-nos coisas estranhas…”


Domingo, 24 de Julho de 2011

domingo, 17 de julho de 2011

Sete dias na história de uma lesão

E à Segunda-Feira surgiu a luz. Primeiro, encarei-a com desconfiança. É que, ao contrário do resto das lesões mais ou menos prolongadas, não metia cirurgias, fisioterapias ou posologias. Era, estranhamente, muito mais simples que isso.

Com o antigo tartan do Estádio Nacional a descascar-se dia após dia, fui fazendo a minha meia hora diária pela relva do campo de futebol. Debaixo do calor que era opressivo à uma da tarde, tirei os sapatos. E, foi mais ou menos nessa altura que, três meses depois, recuperei a sensação de correr sem dores na perna direita. “Seria dos sapatos?! De uns sapatos com pouco mais de 100k nas solas?”

Logo ali decidi começar a treinar com uns sapatos diferentes. Na verdade, uns sapatos onde o conta-quilómetros já ultrapassava os 800k. Assim entrei na Terça-Feira na pista do Alto Rendimento do Jamor. E assim voltaria no dia seguinte ao mesmo local e com o mesmo calçado. Em comum aos dois treinos, a canícula do costume e a anormalidade de correr sem dores.

Mas foi ontem que tive a sensação de tudo estar a entrar na linha. No Monsanto, com a Rita em semana de glória e com o prazer de estar rodeado de companheiros na luta pela maratona. Entusiasmei-me e depois de fazer as minhas rampas, juntei-me ao time Amesterdão para quase 6k a mais do que estava escrito no plano.

Um exagero que fez dos 11k de hoje uma corrida onde as coxas pareciam estar ancoradas ao chão e o traseiro parecia ter o peso de um semi-atrelado. Quase uma semana depois, voltei a sentir o joelho direito. Mas também o joelho esquerdo, os tornozelos e tudo o mais que se sente num corpo que andava arredio da corrida. E que anda a meter quilometragem em cima de uns ténis que já há muito passaram a idade da veterania.


Domingo, 17 de Julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Overweight 'n' overdressed

Eram meio-dia e vinte e dois de Domingo quando saí para a rua. Comigo levava 79,700 kgs e um tronco carregado de peças de roupa. Quentes. Para ver se transpirava mais alguns quilos do corpo para fora.

Aos poucos vão-se perdendo. Debaixo do calor, é mais fácil perdê-los. Assim fosse tão certo que o joelho ficasse em condições. Voltar a correr a um Domingo de manhã fez-me lembrar que, entretanto, o António Castanheira Alves, o Alexandre Monteiro, o Carlos Freitas e o Ruben Aragão Pinto vão começar a preparar a Maratona de Amesterdão. Godspeed.

Quanto a mim, enquanto à tarde descansava, atirei-me a uma tigela que tinha leite condensado, menta e chocolate. Hoje de manhã, com o ranger da balança, vi que o peso tinha voltado a casa.


Domingo, 10 de Julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A crepitazye

Um novo diagnóstico: “A crepitazye na rótulye”.

Ele esfregou, esmagou, dobrou, enquanto falava, falava num idioma imperceptível. Eu ia abanando a cabeça como se percebesse. O António Castanheira Alves (que seria mais tarde esfregado, esmagado e dobrado) ainda apanhava algumas: “Mas é namorada dele ou não é?”.

Não contente com a coxa e com o joelho esquerdo, entreteve-se a agarrar-me os pneus que hoje são a minha barriga. E por muito que eu me explicasse (“Já não treino há quase três meses”), não me livrava de novo castigo ao ego: “Não corpo de maratonye. Muito pesado. Obstrupazye no joelho.”

Enfim, depois da consulta no cirurgião e da ressonância magnética que não apontavam nada pior do que uma bolsa de líquido na zona superior ao joelho, fui ontem ter com ele. Muitos já me tinham falado dele, mas ninguém me tinha preparado para o diálogo de ontem. Assim como tão cedo não esperava aquelas palavras: “Elmetacin e treno. Tu trenar. Na relva, na areia. Não estrada”.

Hoje fui para o Jamor. Corri meia hora e as únicas dores que senti foi de ontem ter sido esfregado, esmagado e dobrado. Por isso, amanhã vou outra vez. Por isso, já penso de novo em cenários como o da fotografia lá de cima.


Sexta-Feira, 1 de Julho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Joelho

Não sei ao certo qual foi o momento em que começou.

Sei que a 25 de Abril, enquanto o Rui Lacerda e eu aquecíamos para a Corrida da Liberdade, lhe disse: “nunca antes tinha sentido o joelho. Mas agora cheira-me que há-de haver alguma altura este ano em que vou ter que encostar por causa dele.”

Bastar-me-ia fazer o troço da Pontinha até Carnide. Foi aqui que ele apareceu e que me fez seguir em ritmo de quase-marcha até aos Restauradores. Cinquenta minutos e dois segundos para 10k. Não era dor. Ou talvez fosse um pouco. Não dava para perceber bem.

Fosse o que fosse, não seriam treinos que iriam melhorar a situação. Parei e só me voltei a equipar no dia 12 de Maio. Desde a Maratona de Paris 32 dias antes, nem um treino tinha feito (apenas a Corrida da Liberdade). Mas não haviam diferenças: após dez minutos de corrida pelo Estádio Nacional lá o joelho voltava a avisar.

Próximo passo: consulta com o cirurgião. Que não tinha nada a ver com articulações. Provavelmente seria sinovite do joelho. Prescreveu descanso.

Fui descansando e no dia 20 passei pelo Monte da Galega. Ali andei às voltas. Animado por ver amigos do RB, fiz um treino relativamente rápido. Meia hora em que doeu, depois deixou de doer e após o banho doeu na mesma. Voltei ao descanso.

Ontem ao fim da manhã, a Fátima veio da rua e disse que devia ter havido uma corrida aqui perto. Eu já sabia. Era a Corrida do Oriente. Tinha decidido nem sequer ir lá ver os amigos. Já é suficientemente complicado ver o pessoal aqui a treinar no Parque das Nações. Então, arquitectei um plano: o caminho para o almoço em casa da minha sogra iria fazê-lo a correr. No pino do sofrimento pelo calor nem dei pelo joelho. Mas, quando lá cheguei, já não me consegui escapar do saco de gelo.

Há pouco uma amiga perguntou-me se eu já tinha decidido que maratona ia fazer no Outono. Não sei. Neste momento não sei de muito que esteja relacionado com a corrida. E isso é mais complicado de gerir que a própria dor. Que nem sequer é muito forte.


Segunda-Feira, 6 de Junho de 2011 (57 dias e 5 corridas depois da Maratona de Paris)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

No triunfo: a minha Maratona de Paris


Diz-se com frequência que uma maratona só começa depois dos 30 quilómetros. É mais uma daquelas frases feitas que até teria sentido se disséssemos que uma maratona só começa a doer depois dos 30k. Porque, mesmo se estivermos tranquilos física e mentalmente naquele ponto, tudo o que fizemos ou não fizemos antes de lá chegarmos poderá quase certamente determinar o que se passará no último terço da prova.

Em Berlim, em Setembro do ano passado, na maratona inaugural, também fui tranquilo até ao 38º. Só que tinha andado o dia anterior a passear na cidade a arrastar umas botas Timberland. Só que o meu pequeno-almoço tinha apenas sido duas maçãs. Só que fiz a minha parte mais rápida da prova numa altura errada. Então, a quatro quilómetros e picos do fim, fiquei sem quase nada no depósito. Parei duas vezes e, debaixo de uma chuva intensa, não consegui que a minha cabeça pusesse as minhas pernas a mexer. Isso só aconteceria no penúltimo quilómetro, após um providencial reabastecimento. Seja como for, frustrou os meus planos de fazer um tempo sub-4 horas. E isso fez com que me apresentasse ontem à partida do 35e Marathon de Paris com a marca de 4:03:59.

Já para Paris tudo se passaria de forma diferente. Treinei debaixo da atenção personalizada de uma super-Rita Borralho, fui sempre amparado pelos meus super-colegas na RB Running (alguns deles maratonistas também) e cheguei a este mês de Abril com a mente e a energia no ponto certo. Além do mais, a tarde e a noite de Sábado foram passadas a descansar no hotel e o pequeno-almoço na manhã da corrida meteu nutrição à séria (e não apenas maçãs).

Quando saí do metro em Charles de Gaulle / Étoile caí automaticamente nos braços de mais de 30 mil corredores. Podem dizer que tanta população perturba o ritmo e é verdade. Ao sexto quilómetro cheguei a estar parado porque a entrada numa rua era demasiado estreita para enfiar tanta gente. Mas o espírito, o espírito que vive uma prova destas é inigualável. Já o tinha sentido em Berlim, vi-o em Paris e não espero que NY e Londres sejam diferentes.

Seja como for, com mais ou menos travagens, cheguei a meio da prova com o corpo folgado e com uma passagem de 1:49:35 que estava 55” abaixo do tempo escrito na minha pulseira. Andava a um ritmo aproximado de 5:10/k, sem forçar e sempre a correr na parte da sombra. Para interesse estatístico, estava em 10.159º lugar.

Mas, logo de seguida, tive que me decidir parar. O peito do pé direito doía-me já há algum tempo e pensei que os atacadores estariam demasiado apertados. Desapertei, apertei e arranquei num pit stop que não demorou quase nada. Cinco, seis segundos. Contudo, nada tinha mudado e cheguei a pensar que tudo tinha sido feito rápido demais para ter ficado bem feito. Então, pela segunda vez em poucos minutos, a Avenue Dumesnil pôs-me de joelhos. Desta vez para uma paragem com mais cabeça. Reentrei na estrada sem que as dores desaparecessem e achei que o melhor seria ir andando sem prestar muita atenção. E, assim, entre a paragem na saída da Bastille e as duas idas à box, parei quase um minuto e meio (84” segundo o Garmin).

À passagem dos 25k, enquanto corríamos junto ao Sena, o ritmo mantinha-se pelos 5:10 e o cronómetro estava 53” abaixo do planeado. Pouco antes de deixarmos as margens do rio, com o quilómetro 30, sentir-se-ia a chegada de algum calor. O ritmo estava ligeiramente inferior e, ao passar com 2:36:49, tinha decrescido o meu avanço para o tempo planeado (que era agora de 11”). Estava aqui em 9.315º lugar.

Com 5:02, 5:01, 5:04 e 5:07 até ao 34º quilómetro começaria a ganhar terreno. Terreno esse que um abastecimento desastrado se encarregaria de fazer perder. Até então, tinha-os evitado e andado pelos meus recursos, mas nesta altura já a minha água era escassa e estava quente. Seria o meu primeiro abastecimento e teve o condão de me fazer demorar 5’29” para o 35º quilómetro. A pulseira de plástico dizia que eu ainda estava dentro do plano. Mas eram apenas 8 segundos, o desgaste começava a sentir-se nas pernas e estava a chegar o temido Bois de Boulogne.

Nunca ali tinha estado. Mas nunca me esquecerei. Tenho a sensação que nesta altura, com o calor a subir, a minha corrida eram mais os braços a puxar e as pernas a corresponder. Nesta zona é menos o público e o pelotão está fatigado. Para não cairmos na indolência geral, tive que procurar referências e tentar ir com eles. Mas, nunca se conseguia durante muito tempo. Aqui, nestes quilómetros, fiz a minha prova.

Com 5:09, 5:01, 4:56, 4:53, 5:00 e 5:01, consegui resistir ao andar do relógio e mantive acesa a luta para terminar dentro da marca de 3 horas e 40 minutos.

No entanto, o esforço de ter ultrapassado mais de 2.200 corredores em pouco mais de 11 quilómetros trouxe-me um último quilómetro de incerteza. O depósito já estava claramente na reserva e o ritmo baixara bruscamente para 5:17. No momento já não havia discernimento para fazer contas com o relógio. A exaustão era muito forte e tive que canalizar a minha cabeça para não deixar o corpo baixar de ritmo e para conseguir forças para aquela última série. Já na recta da meta, foi um alívio perceber que a marca que eu queria não ia fugir. O novo recorde já estava há muito tempo no bolso, mas eu queria um sub-220 minutos. Acabaria por fechar Paris com 3:39:30, o que significa ter retirado 24 minutos e 39 segundos a Berlim 2010.

Para o quadro estatístico completo, classifiquei-me oficialmente em 7.046º e tive uma classificação real em 6.986º entre os 31.169 que concluíram a prova.

Fecho o ciclo dizendo que acabei mesmo por conseguir sorrir para o Arco do Triunfo. À custa de uma boa luta e com a bênção dos Deuses da Maratona.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Pérolas da Maratona

“Um maratonista genuíno pertence realmente a uma raça aparte. É meio atleta, meio poeta. É um pragmático duro como a rocha, mas também é um idealista que vive no céu. E, mesmo podendo ser um rebelde individualista, nunca deixa de ser parte de um grupo quase tribal nos seus rituais e aspirações”.

Quem escreveu foi Joel Homer, quem sorriu ao lê-lo foram milhares pelo mundo inteiro. Eu li-o depois de um amigo mo ter enviado com uma dedicatória que me honra por ter sido de mim que ele se lembrou. Também ele tem o fogo da maratona. Só ainda não a teve debaixo dos pés, mas o plano já existe. Um plano soberbo.

Como soberbo é o que vão poder ver a seguir. Procuro-o sem sorte há meses e falo dele sempre com a mesma admiração. É o final da maratona de Chicago em 2010. É uma louca batalha onde dois campeões (Wanjiru e Kebede) não dão tréguas aos seus adversários nem aos limites do seu corpo. Quem ganhasse levava para casa 75 mil dólares pela vitória na prova, mais 500 mil dólares por arrebatar o título das World Marathon Majors. Hoje, finalmente, consegui descobrir o filme. Não tem o sprint final completo, mas 6 minutos e 51 segundos são uma extraordinária amostra. Não tem a mesma emoção de quando vi em directo, mas é o mais rápido jogo de xadrez que alguma vez vi. Vejam com som.


Segunda-Feira, 28 de Março de 2011

domingo, 27 de março de 2011

Impossible is (almost) nothing

A duas semanas de soar nos Campos Elíseos o tiro de partida para a Maratona de Paris, fiz na manhã de hoje um treino composto. Pelo meio ficou a 8ª Corrida de Solidariedade ISCPSI / APAV, antes e depois foi fazer quilómetros para tentar chegar aos 25 que estavam no cardápio.

Quando iniciei a prova em Alcântara, era excelente o feeling. Talvez viessem aí os melhores 10k de sempre. Assim, comecei forte e ao segundo quilómetro juntei-me ao Victor Silva e mais tarde agrupámos com o Rui Marques e o Rui Lacerda. Depois do retorno, defendemo-nos do vento que vinha de frente colando-nos a um pelotão maior, mas à passagem da légua percebi que o ritmo a que eu andava nos primeiros 4k (4:08 / 4:08 / 4:09 / 4:08) tinha caído para 4:14.

Nesse momento, conclui que resguardar-me do vento não podia ser a táctica. Meti mais agressividade, isolei-me e o k6 já foi feito a 4:12. Mas seria sol de pouca dura, pois os seguintes 2.000 metros resvalaram para os 4:18 de ritmo. Estava ainda em cadência de recorde, mas tudo dependia de conseguir ultrapassar rapidamente aquela fase menos rápida.

Foi boa a reacção, pois os dois últimos quilómetros tiveram ritmos de 4:08 e 3:52 e asseguraram-me um novo PB. Com um tempo de passagem de 41:41 aos 10 bati os 42:46 da última São Silvestre da Amadora. E, com esta marca, estreei um novo pensamento na minha relação com o cronómetro: “baixar os 40 minutos aos 10 já não tem que ser uma impossibilidade”.


Domingo, 27 de Março de 2011

sábado, 26 de março de 2011

Na melhor das alturas

Na Quinta-Feira não consegui tempo para as séries de 800. Assim, porque me sentia fisicamente mais disponível, ontem decidi que os meus 15k no Jamor eram para ser feitos com intensidade.

Subi por detrás do Alto de Rendimento até ao estacionamento do Golfe e voltei à pista no que foi um período mais calmo do treino (1.800 metros a um ritmo médio de 5:23). Mas logo que os pés sentiram o tartan, corri para só acabar 33 voltas depois. Corri sozinho, feliz, durante 13.200 metros e a um ritmo médio de 4:31.

Já no duche, depois de 69’ 30” ao sol da hora do almoço, chegou-me a frase à cabeça: “Paris está perto na melhor das alturas”.


Sexta-Feira, 25 de Março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Os Anjos Malvados

Pareceu-me próprio dizer que eles são uma espécie de deputy technical advisors. É a eles que, por uma questão de personalidade, experiência ou capacidade, a Rita Borralho pede para preencherem uma ou outra ausência ou desempenharem uma ou outra missão do time. Por uma questão de facilidade, gosto de dizer que são os DTA’s.

Ontem cheguei ao Monte da Galega para um aquecimento fácil e o Paulinho Costa já andava a rodear a pista. Juntei-me. O Paulinho é sempre simpático, sempre solícito. O pior foi quando me apercebi que, terminado o aquecimento e no meio da conversa, tinha andado vinte minutos a uma média de 4:40.

Passei depois para as séries. Iam ser quinze de 400 metros e até comecei mais rápido do que devia (82”). Mas depois compus-me e fui regular (85”, 87”, 88”, 88”, 86”, 85”, 86”, 86”, 85”, 85”, 85”, 84”, 84”). À entrada da última repetição, chega-se o Alexandre Monteiro, com a habitual abordagem serena dos DTA’s: “faço esta contigo”. Resultado: fechei a 78” e com a língua a chegar ao queixo.

Mas, enfim, só tinha que rolar muito calmamente durante mais uns dez minutos. Para descontrair. Foi aí que apareceu o Manuel Proença. Como sempre, insuperavelmente agradável e esplendidamente interessado, mas no fundo mais um daqueles anjos malvados que o Ente Superior enviou com o objectivo de te levarem a um estado de combustão física. E tu, que querias simplesmente amaciar os tendões antes do banho, dás por ti a esgaçar atrás dele (que ainda por cima corre muito) e a descobrires o que é na realidade a dor de burro.

Hoje inverti posições e levei o Pedro Jaime, um amigo que corre mas ainda não faz corridas, para 15k no Jamor. Mas, ao invés de me sentir vingado, sinto-me ainda mais exausto. Pela pista do corta-mato acima e abaixo, é como se tivessem andado os DTA’s por ali.


Quarta-Feira, 23 de Março de 2011