quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O balançar da balança

Foi ontem o primeiro treino de uma semana em banho maria. E foi só porque, com a Amadora à porta, não posso deixar arrefecer o motor. Assim, com uma filha de 10 meses a gatinhar para junto do rolo e um filho de 6 anos a azucrinar-me com a Nintendo, alheei-me por uma vez nos últimos três dias e subi para cima da passadeira. Uns sensaborões 5.720 metros despachados em meia hora e apenas mitigados por uma “Misplaced Childhood” que os Marillion iam debitando atrás de mim.

Ontem terminou também o trabalho específico que nos últimos meses tenho vindo a fazer tendo em vista as descidas finais da São Silvestre da Amadora. Assim, se em 28 de Setembro (pouco depois de Berlim) pesava 73.500 e em 28 de Outubro já andava nos 74.700, a chegada a 28 de Novembro já foi feita com 75.800 e agora dou por mim a ostentar uns arredondados 77.300 quilos.

Em suma, amanhã poderei ter problemas a subir os primeiros 3k. Mas, nas descidas aos quilómetros finais, conto rebolar até à meta num estilo verdadeiramente campeão.


Quarta-Feira, 29 de Dezembro de 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ler o tempo na São Silvestre

Nunca tinha atravessado a Rua do Comércio a correr assim. Foi nesse momento, com 43:19 de corrida que cruzei os 10.000 metros da São Silvestre de Lisboa. Mas não era ali que estava a linha da meta. Nunca é. Estava a 90 metros mais adiante no excelente cenário de uma Praça do Comércio cheia de famílias com cachecóis. Meti um ritmo desarvorado e em 18 segundos cheguei ao fim, com os pés a tropeçarem um no outro à força de um sprint jamaicano. Bem, talvez não jamaicano, mas ainda assim a um respeitável ritmo (para mim) de 3:17. Parei o cronómetro quando passavam os 43:37; sobre a minha cabeça, o relógio do pórtico marcava 44:11.

Como sinal de evolução, esta São Silvestre marcou a segunda dupla-légua consecutiva dentro do minuto 43, quando em Dezembro do ano passado estava a festejar a minha recém-adquirida regularidade dentro do minuto 46. Sabe bem, como bem soube este princípio de noite pela minha cidade. Com mais gente a ocupar os passeios num percurso de grande beleza. Uma festa à qual juntei o prazer que tive em corrê-la.

Como conclusão essencial fica que agora estou mais rápido. Ontem serviu para passar com fôlego o Arco da Rua Augusta. Espera-se que em Abril sirva para chegar com um sorriso às portas do Arco do Triunfo.


Domingo, 26 de Dezembro de 2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

Muco, suor e lágrimas

Ao fim da tarde de Quinta-Feira no Parque das Nações, foram 50 minutos ao ritmo de 4:45 e à temperatura de 4 graus. Ao princípio da noite de Sexta-Feira no Monte da Galega, foram 29 minutos de aquecimento e 4 séries de 1.000 metros.

Em comum, um nariz que não pára de correr, a transpiração debaixo de 3 camisolas e o vento a castigar olhos e cara. Vamos na terceira semana de constipação e com estas temperaturas a ajudar cheira-me a um belo reveillon.


Quinta, 16 e Sexta, 17 de Dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Banhos e massagens

Banhos foi o tratamento reservado a quase toda a equipa lá para os lados de Albufeira. Em dia de glória, até meteu piscinas de água quente e fotografias olímpicas. Enfim, mimos de elite. Tive pena de não ter conseguido ir.

Massagens foi o que me tocou a mim, depois de ter saído maltratado do treino progressivo de domingo (15.880 metros em 75’). Fiz uma primeira metade mais rápida do que devia e decidi que mesmo assim a segunda seria em split negativo. Consegui mas a minha anca ficou a dizer que me tinha esticado mais do que a conta. Resultado: fui-me depositar às mãos do Alcídio Costa, provavelmente o massagista em país com a melhor marca à maratona (e a outras distâncias). Ex-atleta internacional, venceu a Maratona de Lisboa 1998 com 2:16:05 o que, não obstante as diferenças de percurso e de dificuldade, seria um crono que daria para ter ganho as últimas 7 edições.

Já eu, deitado na marquesa, era alvo de um autêntico festival de descoberta de contraturas e mazelas mal curadas. Doloroso. Mas, ainda bem que consegui ir.


Terça-Feira, 14 de Dezembro de 2010

sábado, 11 de dezembro de 2010

Enquanto Janeiro não chega

Li algures que o Atletismo é um desporto que não entusiasma os seus praticantes a assistir. Dava-se até o exemplo do Futebol, onde às vezes vemos jogos com a mesma emoção com que jogamos. Mas, aparentemente, correr (apenas para simplificar e sem intenção de excluir o saltar ou o lançar) é algo que podemos gostar de fazer, mas que raramente paramos para simplesmente ver.

Ora bem, estou aqui para desmentir. Numa semana de muito suor e igual expectoração, andei a fazer endurance no Parque das Nações e fartlek na pista do CAR do Jamor. E, no Estádio Nacional, em treinos à velocidade média total de 3:34/km (10 vezes 60”) e 3:58/km (4 vezes 5 minutos), respectivamente quarta-feira e hoje, tive oportunidade de parar e olhar à volta.

E, apesar da presença em pista do Nélson e da Naide, pude entusiasmar-me com um treino vertiginoso de uma locomotiva chamada José Ramos e outros 4 ou 5 companheiros que estavam muito longe de ter apenas andamento de carruagens. A que ritmo? Não sei. Está tão longe dos ritmos que conheço que não me vou sequer pôr a adivinhar.

Sei que, enquanto Janeiro e os treinos para a Maratona de Paris não chegam, dei por mim a tentar convencer alguns companheiros de equipa que seria criminoso não correrem para o You Tube e tentarem rever a última légua da última Maratona de Chicago. E, sobretudo, assistirem ao queniano Wanjiru e ao etíope Kebede a escreverem poesia em pleno alcatrão. Talvez ter visto em directo me dê alguma vantagem, mas não acredito que alguém fique impassível aquele jogo de esgrima.


Sábado, 11 de Dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Abaixo de 100

Na noite anterior, a previsão meteorológica falava em vento sudoeste. Menos mal. Como ia fazer os 21k, significava apanhar resistência até ao retorno no Dafundo, mas depois fazer os restantes 13k com o vento a dar vantagem. E, na verdade, os senhores do tempo acertaram na primeira parte. Já o resto saiu tudo ao contrário: a ventania aparecia pela frente para no minuto seguinte mudar estranhamente de direcção. Mas nunca, nunca parecia ajudar. De qualquer modo, passei com 46:01 ao décimo quilómetro e mantive-me regularmente a andar a 4:35 até chegar a Alcântara. Foi aí que senti a primeira quebra.

Nessa altura, já cansado da luta contra o vento, ancorei-me a uma equipa de meio-maratonistas italianos durante 3 ou 4 quilómetros. Passei a andar mais lento, mas ao funcionar num grupo compacto ia conseguindo protecção da ventania. Na Praça do Comércio, senti animicamente a viragem para norte e a aproximação da Almirante Reis. Tinha contado chegar ali um pouco mais poupado.

Junto à Praça da Figueira, encontrei um britânico com uma passada quase gémea da minha. E assim fomos subindo, a correr como se marchássemos, pé esquerdo com pé esquerdo, pé direito com pé direito. Essa rotina permitia-nos não abandonarmos a companhia um do outro. Só que à chegada à Praça do Chile, ele deixaria de conseguir manter o ritmo e eu vi-me novamente sozinho. Justamente na parte mais exigente da corrida.

Daí até ao fim seria cerrar os dentes e tentar não perder a oportunidade de baixar os 100 minutos. O que conseguiria, com a meta a chegar aos 99 e 58 e a trazer consigo um novo recorde pessoal da meia-maratona. Também o tempo de passagem aos 20k seria o melhor de sempre numa manhã que acabou por render, mas que deixaria um sabor a pouco. Repetindo-me aos meus companheiros de pelotão: “aquele vento… com um bocado de menos vento.”


Domingo, 5 de Dezembro de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Alto rendimento

Belo fartlek na pista do Centro de Alto Rendimento do Estádio Nacional. Excelente conversa com o Júlio Barroco na mais rápida corrida de arrefecimento da minha vida. Inesperado encontro com o Luís Miguel (aka “Tigre”) na Decathlon e uma hora sobre longas distâncias e ainda maiores desafios.

Há manhãs assim.


Quarta-Feira, 01 de Dezembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

Impensável

Em 2009 fiz PB na 3ª Corrida Luzia Dias. Na verdade, a prova até tinha mais 230 metros, mas como sempre contei os tempos de passagem, os 44:59 aos 10k ficaram como recorde ainda durante uns bons meses.

Em 2010 fiz PB na 4ª Corrida Luzia Dias. Na verdade, hoje a prova até tinha menos 420 metros, mas com a extrapolação pelo método que uso nestes casos, os 41:32 (41:39 oficiais) passaram para 43:18. Se é recorde para durar não tenho ideia, mas foi uma grande forma de estrear a camisola da RB Running (a 11ª equipa entre 47).

No geral, foi uma manhã bonita numa prova complexa de andamentos e desníveis. E, sobretudo, uma marca há pouco tempo impensável, mas que me revela que um treino de luta realmente compensa. Não foi feito de grande importância, mas seja como for, dedico-o a todo o time e sobretudo à Rita Borralho. Não pelos 86 segundos que caíram do recorde, mas porque a gratidão é coisa muita bonita.


Domingo, 28 de Novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Em ante-estreia

“Querido Pai Natal, é apenas umas luvas para correr. Não peço coisas de marca, nem nada de especial. Mas tem é que ser hoje. Não é daqui a um mês. É já ali à frente”. Eram 8 e 30 da manhã e, segundo o weather.co.uk, estavam 8 graus mas pareciam 5. Pelo segundo dia consecutivo, o treino fazia-se no Parque das Nações de pernas pesadas e passada curta.

E se a Sexta e a Quinta não ficaram para a história, também a Quarta não tinha sido um hino à capacidade física. Achei que o Monte da Galega tinha visto a pior das minhas prestações no fartlek de 8 x 1’. Senti que tinha puxado demais a princípio e que a consequência tinha sido baixar o ritmo para níveis a que já não me habituava. Afinal, viria mais tarde a constatar que nunca tinha andado tanto num treino destes. Estranho.

Por outro lado, apesar de ter sentido levar uma coça das antigas no treino de técnica de corrida, terminei a noite de Segunda-Feira com uma excelente sensação geral. Nem com uma transfusão de magnésio me safava, mas estava bem.

Toda esta semana foi um pouco estranha. Talvez por ser a semana da ante-estreia, já que amanhã visto pela primeira vez a camisola da RB Running. Vai ser para os lados do Lumiar e Telheiras, na 4ª Corrida Luzia Dias.


Sábado, 27 de Novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A dar-lhe

São duas as palavras que definem a diferença para a última vez que andei a treinar para provas de 10 ou mesmo de 21k: trinta segundos. Hoje, numa assumida luta pela exigência, tenho andado a treinar a um ritmo ao quilómetro que é (mais coisa, menos coisa) 30 segundos mais rápido do que era há 6 meses.

De novo na estrada que acompanha o Tejo, o fim-de-semana começaria pelas 5 da tarde de Sábado. Foram 5 corridas de 5 minutos cada (4:02 de ritmo na primeira, 4:07 depois, 4:12 na terceira, 4:02 na penúltima e 4:03 para terminar) com 3 minutos para respirar pelo meio.

Na manhã seguinte, os receios de cansaço foram afastados com uma óptima sessão de 80’ em ritmo progressivo. Num traçado sem desnível, corri 17.040 metros a um ritmo de 4:41/k. A duas semanas da Meia dos Descobrimentos e desde que tenho registos de treinos/provas, o meu tempo de passagem aos 15k foi o segundo melhor de sempre. Sinto-me de facto a andar mais.

Contudo, a andar bem aos 15k é mesmo o Leonard Patrick Komon, o queniano que hoje bateu na cidade holandesa de Nijmegen o recorde mundial da distância com um cronómetro de 41:13. E que já em Setembro, sem grande alarde e também na Holanda (daquela vez em Utrecht), tinha feito a melhor marca de sempre aos 10k com um tempo-canhão de 26:44.


Domingo, 21 de Novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

Remontada

Eram cinco ou seis. Azuis e com as luzes a relampejar, os jipes da polícia relembravam-me por que é eu estava a correr em Xabregas. Com o Parque das Nações reduzido a vinte por cento, a NATO tinha-me atirado pela estrada do porto acima. No escuro das nove da noite, andava a dividir o alcatrão molhado com camiões TIR de 27 toneladas. Bem, dividir talvez seja uma forma exagerada de pôr a situação, pois não tinha mais que metro e meio entre os rodados e o lancil que separava a estrada da linha do comboio.

Mas, como já tinha andado nestas circunstâncias, não chegava a ser motivo de preocupação. Bastava estar atento às luzes que se aproximavam, nunca esquecer de me mostrar visível no escuro e não me desviar de uma imaginária linha recta. Cumpria-se essa cartilha e tudo havia de correr bem. Só que, desta vez, sentia insegurança. Era a terceira vez que me ajoelhava para desapertar os atacadores e para tentar perceber se as palmilhas ortopédicas não me estavam de novo a trilhar os pés. Já havia meses que não treinava com elas e como os ténis ficavam mais molhados a cada minuto, eu não conseguia ter a certeza se aquele resvalar do pé na palmilha não era prenúncio de uma asneira da qual me iria arrepender. Então, parava e ora apertava mais os Pegasus 27, ora os deixava mais soltos. Num treino que já tinha começado debaixo de algum cansaço, toda esta intermitência havia de me fazer demorar um total de 27 minutos para correr uma légua.

Fazer o retorno e impor o regresso a casa foi caso para mais uma chamada de atenção. Estou bem com as rectas, mas fazer curvas mais ou menos apertadas recordou-me que estava no rescaldo de uma entorse. Então curvar para a direita e sentir a pressão sobre o interior do pé direito deixava-me uma certeza: mais 3 ou 4 dias de descanso ter-me-ia posto em melhores condições. Mas, enfim, mudar de faixa tinha os seus upsides. Agora estava a correr junto à Avenida Infante D. Henrique e a luz dos candeeiros alumiava melhor este lado da estrada. As coisas pareciam menos desagradáveis.

E, nunca sabemos de onde vêm estes impulsos, recordei-me de uma fotografia da Jessica Augusto a treinar à neve. Tinha-a visto há horas atrás no Facebook e pensava agora no quanto quem corre gosta de ser testado em condições de adversidade. Às vezes nem tem a ver com o teste, tem a ver com a mera experiência. Tive a suprema felicidade de ter viajado muito na vida e a comunidade de viajantes é outra que vive na cabeça e no peito este conceito de been there, done that. E foi mais ou menos por aí que começou a minha remontada.

Utiliza-se o negative split para definir uma segunda metade de corrida feita em menos tempo. No mundo da bola, por seu turno, fala-se muito em dar a volta ao marcador ou em virar o resultado quando a equipa que perde sacode o jogo e, pelo menos marcando dois golos, passa à situação de vencedora. Já os espanhóis têm uma palavra que sinto particularmente: a remontada.

E nesta semana em que os nossos irmãos ibéricos até parecem muito mais simpáticos (e, decididamente, excelentes fregueses), remontar surge-me como o termo certo. Não é técnico nem estilístico, é como se fosse uma avalancha de emoções que se descobrem do nada ou do muito pouco e que nos salvam ou pelo menos impulsionam para adiante. Certo que isto era um treino e nem sequer um dos mais importantes da semana. Mas eu sou muito sério a treinar. Chego a ser intenso. E tenho dias em que espero que o meu corpo responda à altura, porque a cabeça produz tantas endorfinas que se torna difícil geri-las com moderação.

Se ver a elite trabalhar na neve deu-me a predisposição, então quando chegou a chuva apareceu o meu gatilho. Naquele momento, comecei a correr positivamente sem preocupações. E, com o reflexo das luzes e da água no alcatrão, pus-me a caminho de casa. Ainda havia alguns camiões na estrada com motoristas que tentavam acabar o dia e despachar um jantar tardio. A minha passada era vigorosa enquanto cruzávamos os nossos caminhos.

Mais à frente, ouvi vozes e vi três homens na entrada de um armazém. A porta metálica do armazém estava fechada e dois deles estavam deitados no escuro, entre caixas de cartão desmontadas. O que estava em pé fumava um cigarro e ouvi-o falar: “Ele tem a mania. Qualquer dia baixo-lhe a pavana”. Eles iam dormir ali. Não parei de correr e agora chovia um pouco mais. Não parei de correr.

Com as bátegas de água a molharem-me as lentes dos óculos, tirei o boné de dentro do impermeável e fui avançando a muito bom ritmo. Aos 9k cruzei-me com o único companheiro que também andava por ali a correr. Ele fez um aceno e eu levantei a mão. Então, pela terceira ou quarta vez naquela noite, repeti na minha cabeça as palavras da Rita Borralho – “os braços, Zé, os braços” – e alavanquei-me dali para fora. O pé doía-me um pouco mas eu estava feliz.


Sexta-Feira, 19 de Novembro de 2010


Fotografia de Pedro Moura Pinheiro

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A fugir à polícia

Depois de quatro dias a gelo, saí hoje para correr. Foram 10k em ritmo de 5:08, feitos num quintal cheio de fardas. Hoje, viver na zona mais segura de toda a cidade significa que me mandam correr para outro lado.


Quinta-Feira, 18 de Novembro de 2010

domingo, 14 de novembro de 2010

Devia mesmo?

R.I.C.E. logo pela manhã e 75 minutos em ritmo progressivo antes da hora do almoço. Depois, naturalmente, R.I.C.E. quando entra a tarde.


Domingo, 14 de Novembro de 2010

RB+


Uma pequena entorse há seis dias e no fim dos 10k de Sexta-Feira surgem as dores. Resultado: fiquei de fora da fotografia da equipa na prova aberta do Cross Internacional de Oeiras. Uma fotografia que celebrou um óptimo dia para a RB Running, com o Hugo Pinto a vencer a corrida e o Júlio Barroco, o Paulo Costa e o Rui Marques a tirarem posições de destaque. Foi realmente um dia RB+.

Sábado, 13 de Novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Os desafios

Ontem à tarde, o António Castanheira Alves, colega de equipa e companheiro de pelotão, inaugurou um blog que é em si um anúncio extraordinário: chegar a 2012 e sagrar-se um Ironman.

Aqui, o extraordinário não é a possibilidade de ele conseguir o objectivo. Conheci o António à partida para uma maratona e o que vivemos durante aquelas horas diz-me que ele tem coração para lá chegar. Aqui, o extraordinário será a epopeia de pequenos passos e grandes conquistas que ele tem pela frente. A luta. O extraordinário é a luta.

Anteontem, enquanto no Monte da Galega fazia o meu fartlek de 8 x 1’ pus-me a pensar num pequeno desafio que tenho pela frente no Sábado. Estava eu a andar a um ritmo médio que rondava os 3.30/k e apercebi-me que não fazia a mínima ideia como é que se aborda uma prova como os 4 quilómetros do Cross Internacional de Oeiras.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Já tenho a rifa

Pela manhã de ontem, o treino foi tépido e mais virado para a recuperação, pois doze horas antes ainda andava a fazer rectas no Monte da Galega.

Na verdade, nas últimas horas, digno de registo só mesmo o facto de eu já ter a rifa #664420. Agora é fazer figas para num determinado dia de Abril a sorte se pôr a meu favor e garantir que serei um dos 40.000 que conseguem a posição e não um dos 80.000 que ficam de fora da ING New York Marathon 2011.


Terça-Feira, 9 de Novembro de 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A diferença

Já mo tinham dito, mas naquele momento ouvi: “Quando vou a 4:10, começa-me a doer aqui atrás”. Ele queixava-se. E, segundo diziam os colegas que o conheciam melhor, queixava-se muitas vezes. Era um bom atleta, mas perdia-se num mundo de lamentos e lamúrias.

Ontem, ao ver Haile Gebrselassie a anunciar que ia deixar a competição, pôde-se perceber o que o levou tão longe e durante tanto tempo: muito trabalho e, conforme ele ia repetindo, no complains. Aliás, quando sentiu que o corpo começou a deixar de colaborar, o etíope decidiu-se pelo ponto final. It’s better not to complain anymore, largou entre lágrimas.

Trabalhei mais forte hoje. Primeiro em 20 minutos que foram mais rápidos do que o suposto aquecimento e depois num longo plano de exercícios físicos. E ao sentir a dor ia vendo o caminho.


Segunda-Feira, 8 de Novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

The King is dead, who'll be the king?

Em dia de aniversário, de Maratona do Porto e de Maratona de New York, atirei-me de manhã à estrada para fazer 70’ em ritmo progressivo.

Num Parque das Nações – Praça do Comércio – Parque das Nações corri 14.590 metros a um ritmo médio de 4:47/k. Apurando a progressão do treino por quartos, registou-se um ritmo médio de 5:04 no primeiro, 4:54 no segundo, 4:42 no terceiro e 4:32 no último. Se aumentar o ritmo era o tema, então correu bem.

Mais tarde, eram mais ou menos 5 horas em Portugal quando um estreante na maratona levou para a Etiópia a vitória em New York 2010. Sintomaticamente, outro etíope – o mais conhecido de todos – desistiu e anunciou a sua retirada da competição. Haile Gebrselassie marcou toda uma época e deixa agora a sua coroa à mercê de uma série de jovens de apetite carnívoro. Makau? Wanjiru? Kebede? Um dos outros nove que já baixaram das 2 horas e 6 minutos neste ano de 2010? Segue dentro de momentos.


Domingo, 7 de Novembro de 2010

sábado, 6 de novembro de 2010

Ir à mata

Depois de quinze dias fora de Portugal e outros quinze de treino aqui e treino ali, sinto-me agora a recomeçar.

Dentro da RB, percebe-se que a exigência comanda o trabalho da equipa. Assim, pelas 8 da manhã, na Matinha de Queluz, andei a esgaçar-me para fechar sem vergonha um pelotão de atletas cheios de vontade de rebentar.

Eram 980 metros de um circuito pela mata, onde metade da distância era a subir. No fim, trotava-se durante 3 minutos, antes de iniciar uma nova volta pelo mesmo percurso. Isto aconteceu durante 6 vezes. Para mim que me estreava, 6 lutas danadas.


Sábado, 6 de Novembro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

Na molha

À falta de melhor palavra, era quase um dilúvio. Mas não houveram hesitações: “Ok. Vamos lá para a guerra”. E assim fomos, o Rui Marques e eu, sem nenhuma quebra na moral.

Durante os 20’ que duraram o aquecimento, a chuva continuou sem dar tréguas. Éramos os únicos na pista do Monte da Galega, situação que se manteve até começarmos as nossas 3 repetições de 3 minutos. No fim, despachámos a história com 780 metros (ritmo de 3:50/k) + 790 (3:47) + 780 (3:50).

Entretanto, já mal chovia e o complexo enchia-se de miúdos que só queriam jogar à bola e de pais que já sonhavam com um contrato na Segunda Circular.


Sexta-Feira, 8 de Outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Peso

Doze horas depois de um treino exigente, as pernas pediam descanso. Por isso, os 6k em ritmo lento não passaram mesmo disso. Talvez até menos. Valeu o novo pontão da Marina do Parque das Nações para que 6 rectas viessem espevitar a coisa. Mas as coxas continuam a pesar quilos. Muitos.


Quinta-Feira, 7 de Outubro de 2010 (imagem da autoria de wHaTEvEr)

Em equipa

Por um lado, excelentes atletas num ambiente de grande superação. Por outro, a simpatia e a solidariedade que me fez sentir bem-vindo. Foi assim o meu primeiro dia em conjunto na casa RB.

No Monte da Galega, foi um daqueles fins de tarde que funcionaram. Começou-se com um aquecimento de 20’ e concluiu-se com 10’ de arrefecimento e 10’ de alongamentos. Pelo meio, um fartlek de 8 repetições de um minuto com um minuto de intervalo entre repetições. E aí, estimulado pela velocidade da equipa, registei 300 metros ao 1º minuto (ritmo de 3:21/k), 280 ao 2º (3:34/k), 280 ao 3º (3:34/k), 270 ao 4º (3:42/k), 270 ao 5º (3:42/k), 270 ao 6º (3:42/k), 280 ao 7º (3:34/k) e, por fim, 290 ao 8º (3:26/k).

Vou chamar-lhe um bom dia de trabalho. Espero que seja também um bom prenúncio.


Quarta-Feira, 6 de Outubro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Duas horas à maratona (ou menos)

Veio na Runner’s World e foi escrito por Amby Burfoot, uma voz que se respeita tanto por já ter ganho Boston como por ter sido uma das principais editoras da revista. O texto começa por interrogar sobre se o próximo fim-de-semana em Chicago poderá oferecer o novo recorde do mundo da maratona e perto do fim dá voz à opinião de especialistas sobre a possibilidade de um dia se passar a meta em menos de 2 horas.

Um deles diz que - a acontecer - o mais provável é que seja daqui por 25 anos. Outro descreve um retrato-robô e diz-nos que as mesmas probabilidades (sempre elas) apontam para que o recordista venha a ser um tipo com 152 centímetros de altura e 56,250 quilogramas de peso. Ah, e que é natural que venha do Leste de África.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Em minha defesa

Posso alegar que não conhecia as siglas e que achei que C.C.N. queria dizer “Correr Como Nunca” e não “Corrida Contínua Normal”. Posso alegar que me distraí e em vez de parar nos 6k, fui até aos 8,3k. Posso ainda alegar que a culpa foi do Rui Marques, que fez a pré-época em condições e que está com o pedal todo.

A verdade é que para esta tarde no Parque das Nações talvez não fosse suposto andar ao ritmo de 4:46. Mas ainda deu para me aguentar com alegria às 6 rectas que viriam a seguir.


Terça-Feira, 5 de Outubro de 2010

Um novo ciclo

Até há uma semana era Berlim, a primeira maratona e uma sensação de intenso encanto por aquela distância que a passagem pela meta não fez dissipar. Aliás, em Janeiro, começa a preparação para novos 42k. Serão em Paris e já sinto o formigueiro.

Antes de lá chegar, tenho quase três meses para gastar. E, tirando a vontade de em 5 de Dezembro rectificar o meu recorde pessoal à meia-maratona e o desenvolvimento de um projecto especial que me vai deixando pensativo, seriam cerca de 90 dias sem grande rumo ou pressão.

Decidi por isso que era momento de ir para a escola. E assim, dezasseis meses depois do meu tosco início na Corrida do Oriente de 2009, peguei na minha vontade de aprender e passei a treinar sob a orientação da Rita Borralho. Um nome que dispensa apresentações e uma casa onde tenho a felicidade de encontrar os amigos Rui Marques, Rui Lacerda e Júlio Barroco.

Na primeira aula, foram 20’ de aquecimento + um circuito de preparação física + 10’ de arrefecimento + 10’ de alongamentos. A dividir a carteira comigo estava o Rui Marques. Se isto não é um novo ciclo, o que é que poderá haver de mais parecido com isso?


Segunda-Feira, 4 de Outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

Nomes

Não sei de outro desporto que consiga dar a oportunidade a um obscuro contabilista de 64 anos de participar numa prova em que seja batido um recorde do mundo. Não é a minha profissão nem a minha idade, mas em Março deste ano na EDP Meia-Maratona de Lisboa fui 1393º classificado numa corrida que produziu a melhor marca de sempre aos 21.097 metros. Éramos 5475 e a glória do dia foi para um eritreu. Mas nós estivemos lá.

Como estive Domingo em Berlim para me aperceber (ele acabou quase duas horas antes de mim) de um miúdo de 25 anos que ainda tem dificuldade em sorrir mas que fez 2 dos 3 melhores registos do ano. Pode Patrick Makau ser o futuro da maratona? Eu não apostaria contra.

Uma aposta segura é o que Kilian Jornet mostra consistentemente ser. Apesar de ainda muito jovem, o tricampeão do Skyrunner World Series acabou de tirar uma hora e treze minutos à subida e descida do Kilimanjaro em África. Mais uma pulverização do catalão que dá cartas no cenário ultra europeu.

Depois da sua vitória no Grand Raid des Pyrénées, tenho vindo a seguir mais de perto os passos do Carlos Sá. Um homem que não se cansa de ganhar e que nos deu agora a notícia de já estar inscrito na Marathon des Sables. Confesso que a minha expectativa é total e apesar de nessas alturas já ter provavelmente a minha cabeça na Maratona de Paris, não vou deixar de seguir com grande atenção e curiosidade.

Nomes que equivalem a vitórias de escala mundial e europeia, mas que estranhamente acabam por nos ser tão próximos. Nós somos o pelotão deles. E isso já é um óptimo sítio para se estar. Como foi estar hoje à conversa no Monte da Galega com mais um daqueles nomes que ouço desde sempre. O treino de recuperação ficou para segundo plano. Caminhei para aí um quarto de hora e corri mais outro tanto.


Sexta, 1 de Outubro de 2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Uns para os outros

Seria fastidioso e talvez injusto personalizar todo o apoio que recebi. Houve quem parecesse mais entusiasmado que eu próprio. Houve quem se lembrasse de falar comigo na véspera. Houve quem no mesmo dia não se esquecesse do abraço apertado. Muitos me acompanharam na escrita e no pensamento. Foi demais. Fez-me sentir muito bem. Fez-me ver que estou no lugar certo. Um lugar onde claramente somos uns para os outros.

Hoje voltei a calçar os ténis e fui fazer 4k à volta da Marina do Parque das Nações. Chamam a isto recuperação. Que certamente começou no dia seguinte à maratona, quando montado nas botas Timberland andei a fazer quilometragem pelas ruas de Berlim. Num ápice, acabaram-se as dores de tendões e só ficaram as unhas negras para fazer prova de que tinha sido um dos 40.000 a fazer a coisa. Há histórias de quem fique mais mazelado que isso.

Outros (vários) decidiam ostentar o orgulho de forma diferente. E Terça-Feira ao fim do dia, enquanto estava na fila do check-in no Aeroporto de Tegel, ainda havia quem ostentasse a medalha por cima do blazer de veludo cotelé.


Quinta, 30 de Setembro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

4 horas, 3 minutos e 59 segundos

No Sábado à tarde, passei pela Leipziger Strasse e parei. Estava a decorrer a maratona para patinadores em linha e, entusiasmado com o espectáculo e com o apoio dos berlinenses, ali fiquei a olhar. Naquela altura, muito longe estava de saber que seria naquela mesma Leipziger Strasse que eu viria a subitamente enterrar as minhas aspirações a fazer a 37ª real,- Berlin Marathon abaixo das 4 horas.

Feito o balanço, até aquele quilómetro 38, tudo vinha a correr sem sobressaltos. Estava abaixo do par e uma dor na virilha esquerda não chegava a fazer-me travar o ritmo pré-estabelecido. O cansaço sentia-se nas pernas, mas se me dissessem antes da prova que iria chegar ao k38 abaixo das 3 horas e meia deixar-me-iam nas nuvens para esta minha primeira maratona.

Só que ao 38 crashei. Não parei. Mas, surgindo de entre um cérebro confuso, um corpo enregelado (choveu a esmagadora maioria do tempo) e umas pernas que começaram a ficar para trás, apareceu o meu muro pessoal. Lembro-me de me ter forçado a raciocinar se isto tinha vindo de um ritmo exagerado, de um dia de véspera em que estupidamente tinha andado muito em cima dos pés, de noites mal dormidas, enfim de tudo o que me parecesse que podia explicar aquele desaire. Certo é que fiz dois quilómetros em quase 17 minutos (!). Foi o abastecimento do k40 que me resgatou. Aí parei, bebi e as minhas pernas voltaram a correr. Até passar a Porta de Brandenburgo. Até atravessar a meta.

Enquanto estou a escrever, veio-me à cabeça ter lido algures que os maratonistas de Berlim 2009 tinham corrido sob uma temperatura exagerada. Este ano foi ao contrário. Quase nunca deixou de chover. Mas, coberto por uns plásticos da Adidas, o pelotão ia-se mantendo aquecido enquanto esperava que os acordes de Vangelis prenunciassem o tiro de partida. Foi por aí que desejei boa sorte a uma camisola com uma pequena bandeira de Portugal nas costas. Era o António Alves, que também estava ali para fazer um tempo sub-4. E que (ironia suprema) era mais um da RB Running. Para não destoar, mais uma vez o nome Rita Borralho e o respeito e admiração dos seus atletas vêm na mesma frase.

Enfim, soou a partida e não demorou muito a que chegassem os pontos altos e os pontos baixos de uma maratona com 40.000 corredores. É uma festa extraordinária, mas a estrada tem muito pouco espaço para circular. Por isso mesmo nunca estamos desacompanhados nos melhores ou piores momentos, mas depois há a luta para furarmos até às mesas de abastecimento, pegarmos num copo com água ou isotónico e conseguir sair com ele sem que o líquido se entorne.

Com o António e mais um companheiro de Torres Vedras (“um segundo abaixo das 4 horas, mas o meu principal objectivo é acabar bem disposto”), os primeiros k’s iam-se fazendo na tagarelice. Chegando ao k10 com 57:57, estava na verdade abaixo da minha expectativa (56:30). Não era razão para preocupações, de modo que à passagem dos 20k a décalage para o meu par não tinha subido nem descido. Estava ainda com cerca de um minuto e meio de atraso, mas não era ainda momento para forçar.

Sentia-me com pernas e, ainda em dupla com o António, fiz todo o trajecto até aos 30k sem percas. Estava bem e sentia-me sólido. Sentia-me quase a entrar no desconhecido, mas coincidentemente (ou talvez não), os 90” acima do programado não se iam mexendo.

Numa análise já com alguma distância, foi a partir daí que o destino da corrida se começou a lançar. É verdade pois o que me iam dizendo os mais experientes: a maratona começa aos 30k. E terá sido justamente a velocidade a que andei entre o k30 e o k35 que me viriam a fazer pagar a factura. Tinha já recuperado no cronómetro, mas sem saber tinha feito comprometer uma melhor marca. Para que se perceba, os meus dois quilómetros mais rápidos em toda a corrida foram o 33º e o 34º. Embriagado pela ideia de ultrapassar marcos como o k32 ou o k35 (por onde normalmente se diz que há muros à espreita), fui começando a construir o meu próprio muro.

Já tinha interiorizado que a dor na virilha estava ali, portanto não me afectava. Mas o primeiro sinal de grande desconforto veio da extraordinária dificuldade em abrir um pacote de gel. Tinha as mãos molhadas e enregeladas e aquela batalha fez-me sentir nervoso. Estava no 36º e logo de seguida vi o António Alves a afastar-se e percebi que estava a perder o gás. Vítima da minha inexperiência, comecei a afundar-me. Mesmo assim, ainda me forcei a aguentar e fiz um par de quilómetros a um ritmo admissível, ainda inferior aos 6’/km. Mas então apareceu a Leipziger Strasse. A longa e larga Leipziger Strasse.

Depois da recuperação, cruzaria a meta com 4:03:59. Exactamente 4 minutos acima do meu objectivo de tempo. Mas nada me conseguirá fazer esquecer de duas ou três lições que levo da capital da Alemanha. Hoje, no momento em que escrevo (são 11 horas na manhã de Segunda-Feira), não me sinto bem nem mal. Nem sequer me sinto diferente. Mas, no capítulo desportivo, algo me alegra: já estou inscrito na Maratona de Paris, em Abril do ano que vem. Porque, até poder, quero mais dez, vinte ou cem lutas como estas.


Domingo, 26 de Setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nuvens na Germânia

Vestido com a sleeve-shirt da Meia dos Palácios, fiz-me ao último dia de treinos para Berlim. Que, por coincidência, foi também o meu primeiro treino do Outono. Sob nuvens de chumbo, foram 35 leves minutos onde ia pensando como se deve um tipo equipar para fazer 42k com 15 graus centígrados, 90% de humidade relativa e 60% de probabilidades de chuva. Porque agora, quando voltar a correr, já será lá pela Germânia.


Para trás, ficaram 775k em 53 treinos. Fiquei com a ideia que deve ser mais rentável treinar para a maratona durante o Inverno. Mas, enfim, isso já não interessa nada. Desde que o trabalho tenha rendido o suficiente, talvez já dê para ganhar o dia.

Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2010