domingo, 30 de janeiro de 2011

Variação de flanco

Com o Fim da Europa chutado para canto, optei por fazer uma variação de flanco nos meus 26k de hoje. Assim, em vez de correr num percurso sem desníveis, propus-me a aproveitar o sobe-e-desce de Lisboa e a tentar que o ritmo não sofresse muito com isso. Do arranque na Picheleira até ao retorno na Doca de Belém iam 13k, sendo que os três primeiros eram a descer. Como o regresso era feito pela mesma rota, tal significava que os últimos 3k do treino iam ser a subir.

No fim houve sofrimento, mas numa manhã esplêndida que trouxe para a rua as famílias e os pescadores, o crono acabou por sobrepôr-se às minhas expectativas. Registando o melhor tempo de passagem de sempre ao k25 e concluindo em 2:09:21 para um ritmo de 4:58, tudo ficou para já dentro dos parâmetros.


Domingo, 30 de Janeiro de 2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sol no Monsanto

Há um mês que comecei a preparar a Maratona de Paris e há 14 dias que treino ininterruptamente. Hoje regressei ao Monsanto para as minhas três voltas num percurso de 2.700 metros. Feitos ao sol e a 11:34, 11:23 e 11:16, confirmaram que o Sábado começa a albergar um dos meus treinos preferidos.

Sábado, 29 de Janeiro de 2011 (fotografia da autoria de Ivo Gomes)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Cavalo

À hora a que devia estar a terminar o meu treino de 60 minutos em ritmo lento, estava às voltas com uma traição fisiológica. Como mais vale nada dizer sobre o meio-treino e sobre o restante, é o dia certo para apresentar (a quem não conhece) o cavalo de corrida que em Maio do ano passado se estreou nos 10.000 metros e no processo fez a figura que se vai poder ver. Chama-se Chris Solinsky e é o tipo que está de meias de compressão. Última nota: tem que ser visto com som alto.


Sexta-Feira, 28 de Janeiro de 2011



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mais do mesmo

Na pista do Centro de Alto Rendimento do Estádio Nacional não foi alto o rendimento. Em nove séries de 800 metros, os registos de 3:02, 3:06, 3:15 (distrai-me com o Francis), 3:06, 3:07, 3:03, 3:04, 3:06 e 3:06 marcaram alguma regularidade, mas insistiram em deixar-me pouco satisfeito.


Quinta-Feira, 27 de Janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Deram cabo dos trilhos

“Isto aqui há uns 40 anos eram só hortas” era uma frase recorrente para os velhos do meu bairro caracterizarem a loucura desenfreada de novas urbanizações que iam nascendo em Lisboa.

Hoje, ao fazer Expo Sul – Vale Formoso – Zona J de Chelas – Quinta dos Ourives – Madre de Deus – Beato – Xabregas - Quinta dos Peixinhos – Paiva Couceiro – Vale de Chelas – Estrada de Chelas – Olivais Sul – Marechal Gomes da Costa – Poço do Bispo dei por mim a pensar que se estivesse a correr estes mesmos 16k (1:26:16) em 1971 talvez um terço ou mesmo metade do percurso fosse em terra batida. Ou lavrada.


Quarta-Feira, 26 de Janeiro de 2011 (foto da autoria de Isabel Cruz)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Campeã

Há semanas em que a técnica de corrida na Segunda-Feira ou as séries de 14 x 400 metros feitas na manhã de hoje importam ainda menos em termos relativos. Aliás, nem chegam a ser assunto quando as verdadeiras lutas da vida são corridas noutras pistas. Por campeãs à séria.


Terça-Feira, 25 de Janeiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

À Krupicka

Ontem à noite li que o frio polar (era esse o termo que vinha na Imprensa) estava para ficar durante mais nove dias. Um par de horas depois, acabaria por tropeçar num excelente filme da Running Times, onde Anton Krupicka (um ultra de altíssimo nível mundial) desfilava a sua relação com os rigores do Inverno nos Estados Unidos. Vi, fui-me deitar e seis horas depois acordei para 25k de Parque das Nações – Museu da Electricidade – Parque das Nações.

Tinha ideia de baixar confortavelmente os 5 minutos por quilómetro, mas um vento contrário travou-me todo o split de retorno. Não ficou totalmente longe (2:05:41 ao ritmo de 5:01) e além do mais valeu pela dificuldade da luta. À Krupicka.


Domingo, 23 de Janeiro de 2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

O frio que corta

Ontem foi o dia mais parecido com descanso que terei ao longo das próximas semanas. Sessenta minutos a ritmo de 5:30 num Parque das Nações onde uma luz encantadora era acompanhada por um frio de rasgar.

Hoje amanheci no Monsanto. À minha espera estava o circuito de 2.700 metros onde se dizia que a Rita Borralho atormentava os maratonistas do time. Todos me falavam disto e hoje ali estava para o fazer por 3 vezes. Três vezes (11:25, 11:15 e 11:26) a três graus centígrados.


Sábado, 22 de Janeiro de 2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vento de frente

Em manhã de séries de 1.200 metros, o vento foi um adversário implacável no Parque das Nações. Foram assim inglórios os resultados (4:50, 4:55, 4:56, 4:55, 5:03 e 5:02), foi assim notória a força a ir lentamente embora.


Quinta-Feira, 20 de Janeiro de 2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Memory Lane

Hoje decidi inventar para os meus 16k um percurso totalmente diferente. Assim, depois de deixar o Afonso na escola e de cumprimentar os encasacados pais das crianças (diariamente perplexos ao ver-me chegar de calções), saí das margens do Tejo e entrei pela cidade em direcção ao Reino do CO2.

Pela Estrada de Chelas até Xabregas fui lembrando as passeatas pela linha do comboio até ao Túnel da Bruxa; na difícil subida da Afonso III até ao Alto de São João passei por aquele café onde as pastilhas Gorila saíam com os cromos mais custosos dos aviões da Segunda Guerra; voltei a subir até à minha Picheleira e já no Areeiro recordei o óleo no chão da paragem do autocarro para as praias da Costa; acompanhado pelo cheiro a escape atravessei a Avenida de Roma e a Avenida do Brasil; e, por fim, voltei à casa da partida.

Numa corrida de memórias, estavam feitos 16.030 metros em 1:24:14. Mas, com muitas subidas e descidas, os meus joelhos pareciam estar em dias de 30k.


Quarta-Feira, 19 de Janeiro de 2011 (fotografia da autoria de Nuno Morão)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A desculpa

Se andarmos a treinar ao princípio da manhã e ao fim da tarde é porque estamos em regime de bidiários.

Já se fizermos técnica de corrida ao fim da tarde de Segunda-Feira e séries curtas (14 x 300 metros) ao princípio da manhã de Terça pelo menos consegue-se uma enorme desculpa para a mais patética sessão de treino (62”, 61”, 59”, 65”, 62”, 63”, 63”, 64”, 59”, 66”, 60”, 63”, 61” e 62”) dos últimos meses.


Terça-Feira, 18 de Janeiro de 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

Unhos - parte II

O segundo treino longo para a maratona voltou a partir da Marina do Parque das Nações e a ter Unhos como destino de retorno. Foram 20k em 1:37:54 com a estrada a ser dividida com o Manuel Proença, o Rui Lacerda, a Susana Almeida e o Aristides Monteiro.

Estas reuniões dominicais têm-me posto a andar como nunca o tinha feito em treinos longos. Por um lado, os 24k do próximo Domingo são um sinal de estarem a chegar as altas quilometragens que mais preparado me deixam para Paris. Por outro, será também o momento previsível em que fica para trás a tão estimulante companhia dos meus RB’s.


Domingo, 16 de Janeiro de 2011 (fotografia de frmorais)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Três dias

Quinze quilómetros na Quarta-Feira, febre ontem e 7 séries de 1.000 metros hoje (4:21, 4:00, 4:09, 3:59, 4:01, 3:55 e 3:54). Como diz o outro, que venha o diabo e escolha.


Sexta-Feira, 14 de Janeiro de 2011

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Blaaarghhh

Acordei, levei o Afonso ao colégio e fui fazer séries. E foi horrível. Detestei. Fazer doze corridas de 400 metros logo ao abrir da manhã não será nunca um deleite para o meu perro e dessincronizado corpo.

Safe-se ao menos que tudo ficou melhor para o fim (registo em segundos): 90, 87, 90, 88, 89, 91, 90, 89, 86, 87, 86 e 84.


Terça-feira, 11 de Janeiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Gente com pressa

Luís Antunes, Manuel Proença, Rui Lacerda, Susana Almeida, Victor Silva e eu na Marina do Parque das Nações. Saída pelas 09:18 em direcção a Unhos num percurso desconhecido para a maior parte dos RB’s. Três ou quatro subidas acompanharam-nos até ao retorno aos 9.500 metros. Até ali o ritmo andava pelos 5:05.

Mas depois, quando começámos a descer, apareceu o pessoal com o passo mais animado. E nunca mais abrandaram a disposição até chegarmos de novo à casa da partida. Fechei o treino aos 19k com um crono de 1:31:24. Para mim, isso significava 4:48 de ritmo. Para o pelotão da frente, tinha-se andado a 4:44. Gente com pressa que, no seu todo, deu um gás bem puxado a este treino longo.


Domingo, 9 de Janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O caracol

Uma hora de treino a 5:46/k. Bastante longe dos mínimos olímpicos, mas adequado ao estado físico. E, além do mais, o plano falava em ritmo lento.


Sexta-Feira, 7 de Janeiro de 2011

É. Foi Épico.

Estivemos lá hoje a dividir o mesmo dilúvio. E ele até escreveu da maneira que eu gostaria de ter feito. Por isso, passem por lá. Porque foi um fim de tarde para não esquecer facilmente.

Como o António Castanheira Alves (a fotografia foi hoje tirada por ele) falou de quase tudo, vou só recordar aquele vento contrário na recta da meta. Às vezes parecia uma parede de ar e água a dificultar as 8 séries de 800 metros. Quando a batalha chegou ao fim, os registos ficaram em 3:10, 3:11. 3:07, 3:10, 3:04, 3:05, 3:07 e 3:08.

Por fim, um enérgico sintoma de um espírito superior: Rita Borralho e Janete Mayal, de cronómetro na mão e incitamento na voz enquanto a chuva se abatia. Duas maratonistas olímpicas, com um currículo de vitórias e recordes, a optarem por estar no temporal com dois elementos da equipa. É. Foi épico. E foi RB.


Quinta-Feira, 6 de Janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Subcarga

Para mim, era dia de treino de carga. Para o Garmin, era dia de entrar em descarga. Não parei eu, nem parou a chuva, mas sem a ajuda do (outrora) fiel companheiro fiquei-me pelos 14 dos 15k que faziam o cardápio inicial.


Quarta-Feira, 5 de Janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Séries curtas, longos problemas

Estádio Nacional, pista do Centro de Alto Rendimento. As duas primeiras séries de 300 metros são feitas a 55 segundos. Como é hábito quando saio mais rápido do que devia, não é bom o augúrio.

Seguem-se depois a 61, 60, 59, 61, 61, 61 e 61, o que equivale a uma sessão frouxa. Na décima das doze séries, um péssimo registo de 65 segundos fez-me perceber que já nada de certeiro viria daquele treino. Então, fechei-o.


Terça-Feira, 4 de Janeiro de 2011

Começou

Começou a luta. Vinte minutos de aquecimento, outros vinte de técnica de corrida, mais vinte de arrefecimento e alongamentos e todo o meio-dia seguinte com dores nos gémeos. O caminho para Paris vai ser a subir.

Segunda-Feira, 3 de Janeiro de 2011

sábado, 1 de janeiro de 2011

O minuto 42

Nunca pensei que fosse na fantástica São Silvestre da Amadora (que bom que é correr aqui), nunca pensei que fosse no dia de hoje. Mas, a reboque do andamento do Januário Coelho (meu companheiro na RB Running), chegou o minuto 42.

À força de sprint, cruzei a meta aos 10.150 metros com 43:20. Mas, sobretudo, ao fazer um tempo de 42:46 na passagem aos 10k consegui uma marca que há três meses atrás se afigurava como altamente improvável.

Quando em Setembro (na Corrida da Linha Destak) me consolidei no minuto 44, achei (saiba-se lá porquê) que tinha chegado ao meu limite natural. Depois vieram os treinos com a Rita Borralho e com todo o time da RB Running e em 90 dias dei por mim a entrar no minuto 42, a chegar ao ritmo médio de 4:16/km e a tirar 3 minutos e 29 segundos à minha São Silvestre do ano passado.

Em suma, não poderia estar em melhor situação anímica na altura de começar o trabalho para a Maratona de Paris. E, por fim, já disse que esta São Silvestre de Amadora é uma prova prodigiosa?


Sexta-Feira, 31 de Dezembro de 2010