domingo, 12 de agosto de 2018

Para o último Castelo


Enquanto alguns iam por estes dias saltitando pelos Alpes, a mim estava reservado um destino pelo qual as famílias anseiam pelo seu brilho e pelas suas praias.

Contudo, passe a também justa fama estival da Sardenha, muito havia por ali para se poder subir. Assim, deixando os UTMB, CCC, TDS, etc. para outros, fiquei com o sul da ilha para antecipar o X Ultra Trail Noturno da Lagoa de Óbidos.

Chegado a Lisboa vinte horas antes da arrancada, sentia as pernas um pouco batidas das férias. Não foi contudo razão para grandes poupanças nesta que seria a última edição do clássico TNLO. No primeiro terço da prova percebi que que, mais do que as gastar, as subidas da Sardenha tinham-me deixado as pernas em zona de conforto.

Um conforto que me abandonou com a chegada da noite. Naquele momento, andava em companhia de um grupo que corria ligeiro num terreno onde se faziam pequenas subidas e descidas. As raízes eram muitas e uma queda deixou marcas. Pela frente chegariam vários quilómetros de pouca segurança e baixo ritmo.

Como tem sido corrente nas últimas provas de distância média, fechei com um segundo vento pelas costas. Com boas pernas, propus como objetivo baixar as 6 horas na passagem pela meta no Castelo de Óbidos. Sem sucesso, com os 43 (e qualquer coisa) quilómetros a serem concluídos com 1 minuto e 54 segundos a mais. Poderia dizer que fica para a próxima, mas o castelo é agora pouso de turistas. 

sábado, 4 de agosto de 2018

Sobre a décima-quinta

Corri 3 vezes a Ultra Maratona Atlântica. Já foi areia que chegue. E estou muito longe de encontrar interesse nos saltos pelas pedras da praia. Dito isto e juntando-lhes as vistas sobre o oceano, até compreendo quem possa ter gostado dos quarenta e picos quilómetros desta 2ª Ultra Trail de Santa Cruz.

Por mim, e como muito do trail running está mesmo nas gentes, o ponto alto da minha 15ª ultra esteve nos largos kms com o Nuno Athayde e no reboque final com o grupo da Marília Noro. O que já não é mesmo nada pouco.