terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Burro em Sevilla

Assim que Abrantes ficou para trás, o foco passou a ser esta Zurich Maratón de Sevilla. Aliás, mesmo só sobrando 9 semanas de trabalho, o foco passou a ser o PR à maratona.

Foram 9 semanas com muita disciplina e com um surpreendentemente agra- dável regresso às séries. Mas foram também 9 semanas sem os longos que deviam ter sido e, sobretudo, onde senti muito a falta de treinar acompanhado.

Cheguei contudo a Sevilla com ilusão, ilusão essa que se manteve até aos 25k, onde ainda mantinha uma média redonda desde o início. Foi por aí que surgiu. Já tinha ouvido falar dela, mas nunca me tinha acontecido. Uma pontada insistente na zona das costelas que me afetava a respiração, por muito que eu tentasse afastar a dor do meu pensamento. Mas a dor, a dor de burro, tinha vindo para ficar. 

Daí até fim, foi uma história interrompida por meia-dúzia de trotes encostado pela berma. Foi o perceber que tinha pela frente dezena e meia de quilómetros a ser ultrapassado por quase todos os que viessem. Aos 3:36:46 cruzo a meta já com a decisão tomada: Maratón Popular Ciudad de Badajoz dali por 3 semanas. Novo dia, nova oportunidade.