quarta-feira, 23 de março de 2011

Os Anjos Malvados

Pareceu-me próprio dizer que eles são uma espécie de deputy technical advisors. É a eles que, por uma questão de personalidade, experiência ou capacidade, a Rita Borralho pede para preencherem uma ou outra ausência ou desempenharem uma ou outra missão do time. Por uma questão de facilidade, gosto de dizer que são os DTA’s.

Ontem cheguei ao Monte da Galega para um aquecimento fácil e o Paulinho Costa já andava a rodear a pista. Juntei-me. O Paulinho é sempre simpático, sempre solícito. O pior foi quando me apercebi que, terminado o aquecimento e no meio da conversa, tinha andado vinte minutos a uma média de 4:40.

Passei depois para as séries. Iam ser quinze de 400 metros e até comecei mais rápido do que devia (82”). Mas depois compus-me e fui regular (85”, 87”, 88”, 88”, 86”, 85”, 86”, 86”, 85”, 85”, 85”, 84”, 84”). À entrada da última repetição, chega-se o Alexandre Monteiro, com a habitual abordagem serena dos DTA’s: “faço esta contigo”. Resultado: fechei a 78” e com a língua a chegar ao queixo.

Mas, enfim, só tinha que rolar muito calmamente durante mais uns dez minutos. Para descontrair. Foi aí que apareceu o Manuel Proença. Como sempre, insuperavelmente agradável e esplendidamente interessado, mas no fundo mais um daqueles anjos malvados que o Ente Superior enviou com o objectivo de te levarem a um estado de combustão física. E tu, que querias simplesmente amaciar os tendões antes do banho, dás por ti a esgaçar atrás dele (que ainda por cima corre muito) e a descobrires o que é na realidade a dor de burro.

Hoje inverti posições e levei o Pedro Jaime, um amigo que corre mas ainda não faz corridas, para 15k no Jamor. Mas, ao invés de me sentir vingado, sinto-me ainda mais exausto. Pela pista do corta-mato acima e abaixo, é como se tivessem andado os DTA’s por ali.


Quarta-Feira, 23 de Março de 2011

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