sábado, 11 de setembro de 2010

Por onde começar?

Não são poucas as vezes em que penso que o público que ovaciona ou um corredor que dá uma sapatada à nossa frente chegam a ser uma ameaça efectiva dentro da corrida. Porque nos apetece corresponder, porque puxamos quando não devemos, porque agimos irreflectidamente. E isso talvez se torne duplamente perigoso numa maratona que seja flat and fast.

Contudo, ao escolher Berlim, quis escapar a duas situações que pudessem ser críticas para a minha fragilidade/inexperiência: as subidas no fim do percurso da Maratona de Lisboa (onde eu poderia chegar num farrapo humano e comprometer a meta) e a influência/entusiasmo dos muitos companheiros que também irão estar nessa prova (ser um anónimo no meio de 40 e tal mil pode eliminar-me alguns factores de distracção).

Claro que o Porto seria opção, mas aí o problema já era de outra natureza: uma coisa é ter saído hoje à hora do jantar para os meus 60’ RL. Outra seria dizer à família para não contarem comigo no dia dos meus anos porque tinha uma maratona para ir correr ao Norte.


Terça, 31 de Agosto de 2010

Sem comentários:

Enviar um comentário