quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Três em menos de um Mês

  

Já há muitos passos que vínhamos pelas margens do Nabão quando ele disse: “Já eu nasci em 1963. Mas quanto mais quilómetros faço, mais fáceis se tornam as provas”. Antes disso, tinha eu largado que era de 1969 e que estava ansiosa pela maldita meta que me levaria aos 46k da Ultra dos Templários.

Quinze dias depois e nova chegada perto das 8 horas de luta. Ainda no Ribatejo, mas desta no Trail Abrantes 100, variante de 50k.

Por fim, o dia 25 de Outubro marca a terceira prova de longo curso em menos de um mês. Agora com a EDP Maratona de Lisboa 2025. A graça é que, depois de perto de cinco anos e meio sem maratonas de estrada, voltei em 2023, 2024 e 2025. E, de ano para ano, com cronómetros menos miseráveis que o do ano anterior. Desta vez com 04:10:18 e com uma louca vontade de fazer uma outra em meados de Março.


quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Abrantes, efeméride do início e pensamento do fim

Duas semanas depois da Ultra dos Templários e duas semanas antes da EDP Maratona de Lisboa, fez-se o regresso a Abrantes e ao mesmo Estádio Municipal onde há dez anos me tinha iniciado nas lides dos 3-dígitos.

Agora, com mais uma década de luta nas pernas, o objetivo era o Trail Abrantes 100 – K50. 

No essencial, o TA100 foi marcando consecutivas edições, mas não cedeu a um tique em voga de alcançar desníveis acumulados de insanidade em perímetros topográficos onde não se veem mais que uma meia dúzia de colinas. Aqui, corre-se. O que nunca é um drama para quem leva uma quilometragem organizada de treinos. Mas, no meu caso, é por aí que anda o drama.

No fim, após 7 horas e 54 minutos de um percurso de meia centena de quilómetros, o pensamento mais forte (e estranho) tinha a ver com a minha rotina de vida. Uma rotina que, a juntar ao passar dos anos, me fez pela primeira vez calcificar a ideia de que uma prova de Endurance era um capítulo que nunca voltaria a andar por perto.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Por Estranhas Circunstâncias

Facto 1 – Noite anterior ao Ultra Trail dos Templários dormida numa roulotte batida pela tempestade.

Facto 2 – Despertar molhado e partida para os 46k feita ainda debaixo de um impermeável Salomon Bonatti.

Facto 3 – Meia dúzia de kms depois, a chuva tinha ido para não regressar. Destinado ao resto da prova com peso suplementar.

Facto 4 – Uneventless é o que se poderia dizer das restantes 7 horas e meia. À exceção de uma rara subida ao pódio no fim da prova. Não por performance, mas pelas circunstâncias. O Circuito Nacional estava a terminar naquele fim de Setembro e já poucos eram os M55 que se interessaram por ir para as bandas de Tomar. Resultado: 2º lugar no escalão (e último, pois eram 2 os concorrentes e, sem que me apercebesse, tive o vencedor a ultrapassar-me no último quilómetro).

Facto 5 – Daqui por 2 dias e já a uma distância de uma semana e meia deste UTT, tenho nova ultra em Abrantes a esperar por mim. E, pela primeira vez, como inscrito na ATRP.