domingo, 23 de março de 2025

Mud, Slide & Splash

Paquete e operador de telex foi o meu primeiro emprego. Agora nem consigo explicar ao meu filho o que é um telex. E, provavelmente, não conseguirei que um meu neto perceba o que é um blog. Mas como desde que comecei a correr ia partilhando os meus episódios de com sapatos de corrida calçados, então não descontinuei o blog.

Assim como sei que ninguém o lê (também não é por isso que o escrevo), também ficou certo que só o iria utilizar para listar todas as maratonas ou provas de distância superior à maratona.

Este Sábado foi um destes dias, com os 50k do Linhas de Torres Maratona Trail 2025. Em absurda repetição de todas as últimas ultras, quase tudo correria novamente mal.

Os efeitos da Depressão Martinho estavam à vista, com dezenas de árvores falecidas que tínhamos que saltar para prosseguir o rumo e com uma lama intensa que se tornar o principal fator de cansaço dada a luta por manter o equilíbrio (que mais de uma dezena de vez levaram à queda). Pode-se fechar com  um conjunto de outros pontos que são apenas minha responsabilidade e que um cérebro funcional aconselharia a trocar esta competição por um DNS.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Doze meses, novas Linhas, mesma história

Há um ano (mais dia, menos dia) aqui estava eu a carpir o facto de entrar nestas Ultras. As Ultras que continuam a castigar-me no igual modo em que adoro percorrê-las (e, sobretudo terminá-las).

De ano para ano, atiro-me a uma no fim do primeiro mês e pouco depois de ter acabado um Dezembro de São Silvestres. Em suma, nada pode haver de mais diferente em ritmo, intensidade e motivação.

Por isso mesmo, esta Linhas de Torres 100 em modo k50 (que, na verdade estava anunciada com 47,5 kms e que fechou quase com 49) pode aqui ser contada quase como um copy paste do ano anterior. Correr um pouco, não subir muito mas andando um bom pedaço no estilo de nos fazer lutar quase como se fosse para simplesmente escapar à despromoção.

No fim de um pouco mais de vergonhosas 8 horas, passo a meta acompanhado pelo locutor de serviço a anunciar a minha má sorte de ter ficado em 4º lugar no meu escalão. Situação que até me pareceu uma lavagem da miséria de prova. Isto até chegar a casa e constatar que na classificação da minha Classe M55 desta Louriceira de Cima - Póvoa de Santa Iria só haviam mesmo 4 atletas em corrida.

Enfim, é a isto que sabe ser-se o pior numa classe de Veteranos. Quero assim dizer que pode existir tranquilidade em ser-se medíocre.