Seguir o balão das 3h30 parecia o mais
lúcido. Funcionar dentro do grupo das três horas e meia sempre me ia
resguardando do vento e me ia assegurando estar no ritmo certo de um percurso que
eu não conhecia. E assim arranquei às 9 da manhã. Eu, o diclofenac e o
flurbiprofeno com o dorsal 59 deste 23º
Maratón Popular Ciudad de Badajoz.
Badajoz tinha amanhecido sem sinais da
chuvada do dia anterior. E eu, felizmente, acordava para o meu primeiro dia sem
dores lombares em toda a semana. Toda uma semana a farmacêuticos tinha feito o
quase-milagre.
Três horas e meia depois deste agradável
despertar, mais ou menos junto ao Km 22, senti-me com pernas para sair debaixo
do balão. Badajoz é uma maratona de duas voltas a um circuito citadino e, com
meia-maratona já deixada para trás, senti que já estava o reconhecimento feito.
Fui então, em ritmo aproximado de 4:55 e em sucessivas ultrapassagens,
estabelecendo o meu pico anímico.
No entanto, o anímico não dá para tudo. E ao
Km 35 sou de novo englobado no pelotão das 3h30. Durante um quilómetro luto
para não os deixar fugir, mas sem sucesso. Vejo-os afastarem-se e a 6k começava
a minha luta pessoal. Começava a minha maratona. Já sem pernas, cruzo a meta
aos 3:35:31.
Novo recorde pessoal. Paris 2011 ficava para
trás, mas sem ser substituído por uma marca que me orgulhasse de trazer ao
peito. Há quatro anos agradeci à coach Rita
Borralho (que me deu nessa altura a melhor preparação de sempre), agora
agradeço à Novartis e à Amdipharm, as farmacêuticas que me conseguiram manter
preso por sólidos arames.
Para esta semana, inaugura-se novo ciclo:
oito semanas até aos 100k da Serra de São Mamede.
Muitos parabéns! :)
ResponderEliminarE força para os 100 de São Mamede!
Um abraço
Parabéns!
ResponderEliminarGrande tempo!
Aquele abraço.