segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Ultra-bizarro

Recordo-me de ter saído do Sicó com a excelente sensação de ter que marcar já a próxima ultra. E foi isso que fiz. Sem saber que aquele seria o mês de Fevereiro do mais longo e bizarro de todos os meus 50 anos de vida.

https://electropescador.pt/85026-large_default/sinaletica-vinil-laminado-uso-de-mascara-obrigatorio-40cm.jpgCom o passar dos meses e o adiamento das provas, foi-se estranhamente compondo o que poderá vir a ser o meu calendário competitivo de 2021. Mas este Outubro ainda me deixaria a oportunidade de ouvir uma contagem decrescente e de partir para 52 e picos quilómetros serra acima e serra abaixo: a Ultra Piodão.

Para saber detalhes escritos em ritmo de qualidade faz-me sentido endossá-los para o Filipe Torres e para o seu https://quarentaedoispontodois.blogspot.com/. Também ele obedeceu ao tiro de partida envergando a obrigatória máscara e também ele não percebia se tinha perdido uma posição ao ser por alguém ultrapassado. Mas certo é que me ganha na prosa. Vale portanto ler.

Da minha parte, há que falar da falta de rotinas que me fez descer largado o Colcurinho e passar os restantes 40k da história a carregar comigo uns quadríceps em dor. Chega a ser estranho que no fim tudo tenha parecido tão bem.

domingo, 1 de março de 2020

Voltar a mais


Oitenta e uma semanas e várias lesões depois, regressaram as ultras. Para a retoma estava destinado um nome mítico: o Sicó, o Ultra Trail de Conímbriga Terras de Sicó.

Não para três dígitos, mas para 57k de reconhecimento de velhas sensações e de dores que abraço (porque não têm por nome fascite plantar ou tendinopatia do Aquiles).  

Não sabendo de todo o que esperar, tudo correria bem. É certo que quase dez horas não é um algarismo de glória, mas foi certamente um dissipar das dúvidas que me acompanharam neste Sicó: o ainda consigo? o qual o impacto de uma clara falta de treinos? o como resistir ao passar do tempo?  

Agora, quero voltar a mais.