quinta-feira, 14 de abril de 2022

Around and around and around...

Por um lado, tinha a ver com a curiosidade de lidar com um total incógnito. Estava claro que o conceito seria entrar num circuito de uma milha e fazer voltas e voltas e voltas. Isso eu sabia.
Já era a terceira edição destas 24 Horas a Correr de Mem Martins, pelo que nem me pedia queixar de falta de informação ou de ser um conceito inédito ou o que fosse. 
 
Mas de um de outro modo, esta prova-corrida-competição deixava-me com todas as dúvidas do mundo. Num percurso misto de asfalto e de (chamemos-lhe) trilho, o que deveria eu calçar? Correndo de noite e de dia mas não se justificando colete, deveria levar uma muda de roupa? Apesar de ter tido a lucidez de me inscrever nas 6 Horas e não nas 12 ou 24 (São Mamede 110 está por perto), qual deveria ser a estratégia de ritmos? Enfim, ainda me sentia pouco esclarecido quando às 6 da manhã a buzina soou para o início das voltas ao Parque do Algueirão.

Seis horas e um par de minutos mais tarde estava a arrastar-me para fechar a última das 31 voltas que ficaram contabilizadas para mim. 
 
No total, tinham sido 51.460 metros de vida a serem gastos por aquelas bandas. E uma estranha sensação de não estar significativamente muito mais esclarecido do que estava no princípio. O que é que se tinha passado mesmo por ali?